Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Na Idade Média foram compostas muitas músicas e poesias religiosas em louvor do Santíssimo Sacramento.
Esta grande devoção teve, aliás, imenso incremento no período medieval.
Podemos então dizer que ela ‒ aperfeiçoada pela Contra-Reforma ‒ chegou até nós impregnada do perfume da Idade Média.
A presencia real de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Sagrada Eucaristia está fundamentada nas próprias palavras de Cristo na Última Ceia: “Este é meu corpo, esta é minha sangue”.
A Fé na presença real de Cristo na Eucaristia foi professada universalmente por toda a Igreja desde sua fundação.
Só com o protestantismo que apareceram contestações, aliás mais próximas da chicana do que qualquer outra coisa.
Foram sobejamente refutadas pelos Doutores e notadamente pelo Concílio de Trento.
Na crise da fé no século XX, reapareceram falsos teólogos que pretenderam reviver os erros protestantes com outro nome.
É o malfadado progressismo, que tem menos fundamento na verdade que os próprios protestantes.
Na crise da fé no século XX, reapareceram falsos teólogos que pretenderam reviver os erros protestantes com outro nome.
É o malfadado progressismo, que tem menos fundamento na verdade que os próprios protestantes.
Todos esses erros acabarão ficando à margem da História, como já ficaram os de Calvino, Zwinglio, Melanchton ou Lutero.
No século XI, portanto em plena Idade Média, a Igreja aprofundou o estudo racional da Presença Real e em amor de adoração. As graças que assim desciam eram superabundantes e consoladoras.
Esse genuíno desenvolvimento do dogma católico gerou um grande movimento de piedade eucarística.
Um dos seus momentos culminantes foi a instituição da festa de Corpus Christi, em 1264.
Como o povo penetrado de verdadeira fé aspirava ver a Deus feito carne na Hóstia consagrada, foi introduzido na Missa o rito da elevação. Ele acontece logo depois da Consagração.
Durante a elevação, os medievais faziam soar um sino especial, e os fiéis espalhados pela catedral ou pela igreja acorriam para ver e adorar a Hóstia divina.
Também se acendia um círio num alto candeeiro.
No século XI, portanto em plena Idade Média, a Igreja aprofundou o estudo racional da Presença Real e em amor de adoração. As graças que assim desciam eram superabundantes e consoladoras.
Esse genuíno desenvolvimento do dogma católico gerou um grande movimento de piedade eucarística.
Um dos seus momentos culminantes foi a instituição da festa de Corpus Christi, em 1264.
Como o povo penetrado de verdadeira fé aspirava ver a Deus feito carne na Hóstia consagrada, foi introduzido na Missa o rito da elevação. Ele acontece logo depois da Consagração.
Durante a elevação, os medievais faziam soar um sino especial, e os fiéis espalhados pela catedral ou pela igreja acorriam para ver e adorar a Hóstia divina.
Também se acendia um círio num alto candeeiro.
Posteriormente acendeu-se um castiçal pequeno, também chamado de palmatória, que assim ficava até a comunhão, para significar a presença real de Cristo na Eucaristia.
Nesses felizes tempos medievais em que florescia a fé foram compostos vários hinos ao Santíssimo Sacramento cantados até hoje, ou, pelo menos, até que a desordem progressista não os bloqueou. É de se esperar que essa sabotagem não dure muito.
Entre esse hinos fiéis reflexos do dogma católico figura o Ave Verum em posição de destaque.
Ele cantava-se especialmente após a Consagração, quando o verdadeiro corpo de Cristo estava realmente presente no altar, pois o hino começa “Salve, ó verdadeiro corpo”.
Ele fez outros hinos também famosíssimos, cheios de lógica e unção, consagrados a Cristo Sacramentado.
Citemos, pelo menos, o Pange língua, o Verbum supernum prodiens, o Sacris solemnis, o Adoro te devote e a não menos divinamente inspirada seqüência Lauda, Sion, Salvatorem.
Nesses felizes tempos medievais em que florescia a fé foram compostos vários hinos ao Santíssimo Sacramento cantados até hoje, ou, pelo menos, até que a desordem progressista não os bloqueou. É de se esperar que essa sabotagem não dure muito.
Entre esse hinos fiéis reflexos do dogma católico figura o Ave Verum em posição de destaque.
Ele cantava-se especialmente após a Consagração, quando o verdadeiro corpo de Cristo estava realmente presente no altar, pois o hino começa “Salve, ó verdadeiro corpo”.
Ele fez outros hinos também famosíssimos, cheios de lógica e unção, consagrados a Cristo Sacramentado.
Citemos, pelo menos, o Pange língua, o Verbum supernum prodiens, o Sacris solemnis, o Adoro te devote e a não menos divinamente inspirada seqüência Lauda, Sion, Salvatorem.
Eis o texto do Ave Verum, com sua tradução ao português e sua partitura (gregoriano):
Clique aqui para ouvir (Coro da TFP americana):
Ave verum corpus natum de Maria Virgine
Salve, ó verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria
Vere passum, immolatum in cruce pro homine
Que verdadeiramente padeceu e foi imolado na cruz pelo homem
Cuius latus perforatum fluxit aqua et sanguine
De seu lado transpassado fluiu água e sangue
Esto nobis praegustatum mortis in examine
Sê para nós remédio na hora tremenda da morte
O Iesu dulcis, o Iesu pie, o Iesu fili Mariae.
Ó doce Jesus, ó bom Jesus, ó Jesus filho de Maria.
As exclamações finais foram objeto de pequenas adaptações segundo as dioceses.
Fonte: Pe. Manuel Jesús Carrasco Terriza, “Cuerpo de Cristo, arte y vida de la Iglesia”.
O AVE VERUM em gregoriano, monges de Santo Domingo de Silos :
AVE VERUM segundo Wolfgang A. Mozart (interpretação do Coro do King's College, Inglaterra :
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