Mostrando postagens com marcador Semana Santa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Semana Santa. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Semana Santa: acompanhando a Paixão de Cristo

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A Via Sacra ‒ também conhecida como Via Crucis, Estações da Cruz ou Via Dolorosa ‒ é uma devoção que consiste numa peregrinação feita em oração e ajudada por uma série de quadros ou imagens que representam cenas da Paixão de Cristo.

A Via Sacra mais conhecida hoje é a rezada no Coliseu de Roma, na Sexta-Feira santa, com a participação do próprio Papa.

As imagens representando as cenas da Paixão podem ser de pedra, madeira ou metal, pinturas ou gravuras.

Elas estão dispostas a intervalos nas paredes ou nas colunas da igreja.

Mas, às vezes podem se encontrar ao ar livre, especialmente nas estradas que conduzem a uma igreja ou santuário.

Uma Via Sacra muito conhecida é a do santuário de Lourdes, França.

Nos mosteiros as imagens são muitas vezes colocadas nos claustros.

O exercício da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram espiritualmente o percurso de Jesus carregando a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando à Paixão de Cristo.


Dados históricos da devoção

A tradição afirma que a Virgem Santíssima costumava visitar diariamente os locais da Paixão de Cristo.

A Via Dolorosa de Jerusalém foi reverentemente sinalizada desde os primeiros tempos e foi uma meta dos piedosos peregrinos desde os dias do imperador Constantino.

São Jerônimo fala das multidões de peregrinos de todos os países que costumavam visitar os lugares santos e percorriam piedosamente a Via da Paixão de Cristo.

O desejo de reproduzir os lugares sagrados em outras terras, a fim de satisfazer a devoção daqueles que estavam impedidos de fazer a verdadeira peregrinação, apareceu muito cedo.

No século V, São Petrônio, bispo de Bolonha erigiu no mosteiro de São Estévão (Santo Stefano em italiano) um conjunto de capelas com as estações.

O mosteiro ficou familiarmente conhecido como “Hierusalem”.

Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve forte expansão na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII).

O romeiro inglês William Wey que visitou a Terra Santa em 1458, em 1462 descreveu a maneira usual para seguir as pegadas de Cristo em Sua jornada de dores redentores.


As 14 Estações

A Via Sacra se tornou uma das mais populares devoções católicas.

O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.

O número de estações, passos ou etapas, da dolorosa procissão do Bom Jesus, nosso Redentor, foi definido paulatinamente chegando à forma atual, de quatorze estações, ou passos, no século XVI.

As 14 estações são as seguintes: (CLIQUE PARA VER)



1ª Estação: Jesus é condenado à morte


2ª Estação: Jesus carrega a cruz às costas


3ª Estação: Jesus cai pela primeira vez


4ª Estação: Jesus encontra a sua Mãe


5ª Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus


6ª Estação: A Verônica limpa o rosto de Jesus


7ª Estação: Jesus cai pela segunda vez


8ª Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém


9ª Estação: Terceira queda de Jesus


10ª Estação: Jesus é despojado de suas vestes


11ª Estação: Jesus é pregado na cruz


12ª Estação: Jesus morre na cruz


13ª Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe


14ª Estação: Jesus é enterrado


Em cada estação é feita uma meditação sobre o passo e o costume é rezar também um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Padre.

O percurso da Via Sacra não deve ter interrupções. Mas é permitido assistir a uma Missa, confessar e comungar em meio ao piedoso exercício.



A indulgência plenária

Não existe uma devoção mais ricamente dotada de indulgências do que a Via Sacra.

As indulgências estão ligadas à cruz posta sobre as imagens que devem ser canonicamente erigidas.

Condições para ganhar a indulgência

Concede-se indulgência plenária a quem pratique o exercício da Via Sacra. Para que este se possa realizar, requerem-se quatorze cruzes postas em série (com alguma imagem ou inscrição, se possível) e devidamente bentas. O cristão deve percorrer essas cruzes, meditando a Paixão e a Morte do Senhor (não é necessário que siga as cenas das quatorze clássicas estações; pode utilizar algum livro de meditação). Caso o exercício da Via Sacra se faça na igreja, com grande afluência de fiéis, de modo a impossibilitar a locomoção de todos, basta que o dirigente do sagrado exercício se locomova de estação a estação.

Quem não possa realizar a Via Sacra nas condições acima, lucra indulgência plenária lendo e meditando a Paixão do Senhor pelo espaço de meia-hora ao menos.

(cfr. d. Estevão Bettencourt, Catálogo das Indulgências)

Ver também: O que é uma Indulgência, e as condições para ganhar a Indulgência Plenária.


Acompanhe online o que está acontecendo agora na própria gruta de Lourdes pela Webcam do santuário. 

sábado, 8 de abril de 2023

Domingo de Páscoa: Ressurreição triunfal de Nosso Senhor. Que venha o triunfo da Igreja!

Cristo ressurrecto, basílica dos Santos Pedro e Paulo, Malta. Fundo: rosácea catedral de Chartres, França.
Cristo ressurrecto, basílica dos Santos Pedro e Paulo, Malta.
Fundo: rosácea catedral de Chartres, França.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Assim que a alma de Nosso Senhor voltou ao corpo, Ele apareceu a Nossa Senhora.

Como terá sido esse encontro?

Ele pode ter aparecido como Senhor esplendoroso,

Rei, como nunca ninguém foi nem será rei.

Ou, com um sorriso que lembrava o primeiro olhar no presépio de Belém.

O que Ele comunicou a Ela?

O que Nossa Senhora terá dito, vendo-O e amando-O perfeitamente?

Foi o primeiro louvor que Jesus recebeu após a Ressurreição, feito em nome da Igreja toda.

Páscoa da Ressurreição. Albacete, Espanha.
Páscoa da Ressurreição. Albacete, Espanha.
Quando as cidades eram pouco ruidosas, ouvia-se o bimbalhar dos sinos ao meio- dia.

Comemorava-se a Ressurreição.

Nas ruas, os moleques malhavam bonecos de Judas.

Aleluia cantava-se por toda parte.

As pessoas cumprimentavam-se, distribuíam ovos de Páscoa.

As igrejas enchiam-se, a liturgia apresentava enorme pompa.

A dor do Calvário cedia ante a imensa alegria da Páscoa.

A alegria verdadeira, que não é filha do vício, mas fruto abençoado da virtude.

Quando Deus volta a sua Face para os homens, tudo se torna fácil, suave, alegre, brilhante.

Pelo contrário, quando Ele desvia sua Face, os homens atraem épocas de castigo.

É como o sol que desaparece.

Em que estado estamos nós, o mundo todo?

Ó Senhor Jesus, voltai para nós a vossa Face divina e olhai-nos com bondade.

Ressurreição, composição gráfica. Imagem de Albacete, Espanha
Ressurreição, composição gráfica. Imagem de Albacete, Espanha
Nesse momento a graça há de nos iluminar, e sentir-nos-emos outros.

Que pelos méritos de vossa Ressurreição se congreguem os bons.

Que o Divino Espírito Santo lhes comunique força e valor para derrotar os inimigos da vossa Igreja.

Que Ele renove as almas, restaure as instituições, as nações e a Civilização Cristã.

Nós Vo-lo pedimos por meio de Nossa Senhora, Medianeira Onipotente e Co-redentora do gênero humano.


Vídeo: Domingo de Ressurreição em Cartagena (Espanha)


VEJA O QUE ACONTECE EM LOURDES NA PÁGINA ESPECIAL DE VÍDEOS -- CLIQUE AQUI



Acompanhe online o que está acontecendo agora na própria gruta de Lourdes pela Webcam do santuário.

quarta-feira, 28 de março de 2018

A Santa Ceia: o dom infinito da Eucaristia e o drama

Última Ceia, Instituição da Eucaristia, Giusto da Guanto, c. 1474.
Última Ceia, Instituição da Eucaristia, Giusto da Guanto, c. 1474.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Na Santa Ceia, Jesus Cristo instituiu o Santo Sacrifício da Missa.

Para os judeus era a festividade da Páscoa.

Quer dizer da saída do Egito, da libertação da escravidão.

O inicio do caminho para a Terra Prometida.

No centro da refeição estava o cordeiro pascal.

Em lembrança do cordeiro que Moisés mandou sacrificar e comer antes de partir.

Em prefigura do Cordeiro de Deus que viria remir os homens.

E eis que o Cordeiro de Deus estava ai oferecendo Seu próprio Corpo!

Mas Ele estava profundamente triste.

Ele sabia que um dos Apóstolos O tinha traído.

sábado, 24 de março de 2018

Domingo de Ramos, ontem e hoje

Jesus entrando em Jerusalém, no Domingo de Ramos.
Jesus entrando em Jerusalém, no Domingo de Ramos.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs










Te aplaudiam, meu Senhor! Te aplaudimos também nós…

Te reconheciam rei de Israel, Hosana Filho de Davi!

Te reconhecemos também nós…

Estendiam suas capas e tapetes no chão em Teu passo.

Fizemos o mesmo também nós...

Agitavam ramos de oliveira e palmas em sinal de alegria!

Nos Domingos de Ramos, agitamos também nós...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Paixão de Jesus


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








O povo judaico gemia porque o Messias não vinha. Mas quando veio, se pôs a persegui-Lo. Ele praticou milagres, entusiasmou o povo.

A classe sacerdotal, a classe alta política, teve medo: ‘Quem é este homem que leva atrás de Si as multidões? O que restará do nosso poder? Ele é perigoso para nós!’.

A perseguição começou à maneira muito moderna: por uma guerra de calúnias e perguntas retorcidas, cheias de ciladas, montadas nos laboratórios da insinceridade.

A resposta divina era simples, direta, luminosa e pulverizadora!

Pôncio Pilatos só O condenou devido a uma jogada política dos sacerdotes. Disseram eles: ‘Se tu não condenares Cristo à morte, tu não és amigo de César!’ (Jo 19,12).

E Pilatos, mole e de maneira vil, diante da ideia de perder o cargo de governador da Judeia, mandou matá-Lo.

Pilatos começou parlamentando com a populaça, e propôs: ‘Quem desejais que seja solto: Jesus ou Barrabás?’ (Mt 27,17).

Barrabás era o chefe de um bando sedicioso. Era o pináculo da infâmia e do malfazejo. Jesus era símbolo da dignidade do povo judeu. Ele era o descendente de David, a figura mais eminente do Antigo Testamento. Só tinha passado pela Terra fazendo o bem.

Pilatos, sempre centrista, achou que os judeus não seriam tão maus que chegassem a preferir Barrabás a Jesus. Ele não compreendia que, quando os homens não seguem a Jesus, escolhem quase necessariamente Barrabás.

A primeira e a maior revolução de todos os tempos explodiu na Semana Santa.

A revolução é, por definição, uma revolta dos que devem estar em baixo, e devem amar e obedecer aqueles que estão acima.

Nosso Senhor possuía todos os graus possíveis de superioridade sobre todo o gênero humano.

A missão dos judeus era reconhecê-Lo como Homem-Deus e submeter-se a seu doce império.

Fizeram o contrário. Não O reconheceram e não Lhe tributaram nem admiração nem obediência, por maldade, por inveja.

Não quiseram a sua Lei, porque eram corrompidos e Nosso Senhor ensinava a austeridade. Revoltaram-se e mataram-No.

Foi a maior das revoluções, porque nunca se praticará tanta infâmia contra uma tão alta autoridade. A revolução protestante, a Revolução Francesa, a revolução comunista têm seu padrão arquetípico na revolta contra Nosso Senhor, o Rei dos reis.

Que a consideração de nosso Rei enxovalhado encha-nos de adoração e compaixão para com Ele e de indignação para com a revolução que O crucificou.


(Fonte: "Catolicismo", abril de 2003)



quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pela Via do Calvario rezando e se condoendo com a Paixão de Jesus



A Via Sacra ‒ também conhecida como Via Crucis, Estações da Cruz ou Via Dolorosa ‒ é uma devoção que consiste numa peregrinação feita em oração e ajudada por uma série de quadros ou imagens que representam cenas da Paixão de Cristo.

A Via Sacra mais conhecida hoje é a rezada no Coliseu de Roma, na Sexta-Feira santa, com a participação do próprio Papa.

As imagens representando as cenas da Paixão podem ser de pedra, madeira ou metal, pinturas ou gravuras.

Elas estão dispostas a intervalos nas paredes ou nas colunas da igreja.

Mas, às vezes podem se encontrar ao ar livre, especialmente nas estradas que conduzem a uma igreja ou santuário. Uma Via Sacra muito conhecida é a do santuário de Lourdes, França.

Nos mosteiros as imagens são muitas vezes colocadas nos claustros.

O exercício da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram espiritualmente o percurso de Jesus carregando a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando à Paixão de Cristo.