quarta-feira, 18 de setembro de 2024

No aniversário da aparição de Nossa Senhora em La Salette

Há 166 anos, em 19 de setembro, Nossa Senhora apareceu em La Salette e deixou uma mensagem
Em 19 de setembro de 1846, Nossa Senhora apareceu em La Salette
e deixou uma mensagem
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em 19 de setembro de 1846, há exatamente 178 anos, Nossa Senhora apareceu em La Salette.

Ela deixou uma mensagem da mais alta importância. Essa mensagem, mais conhecida como o Segredo de La Salette, encontra-se transcrita na integridade e em diversas línguas neste blog.

Enquanto Nossa Senhora falava, o magnífico panorama alpino do local se transformou. E as crianças viram nele a efetivação do que Nossa Senhora dizia.

Mas, Nossa Senhora falou também pelo olhar. E disse coisas que as palavras são insuficientes para transmitir.

Mélanie descreveu assim esse olhar de Nossa Senhora:

Olhar de Santa Gemma Galgani
Olhar de Santa Gemma Galgani
“Os olhos da Santíssima Virgem, nossa terna mãe, não podem ser descritos por língua humana.

“Seria preciso um serafim, seria preciso a linguagem do próprio Deus, desse Deus que criou a Virgem Imaculada, obra-prima de sua onipotência.

Olhar de Santa Teresinha
Olhar de Santa Teresinha, OCD

“Os olhos da augusta Maria pareciam mil vezes mais belos que os brilhantes, os diamantes, as pedras preciosas mais procuradas.

“Eles brilhavam como sóis. Eram doces, feitos da própria doçura, luminosos como um espelho.
Olhar de Santa Bernadette Soubirous

“Em seus olhos via-se o Paraíso, eles atraíam a Ela.

“Ela parecia querer dar-se e atrair. Quanto mais eu a olhava, mais a queria ver.


Olhar de São Pio X, Papa
Olhar de São Pio X, Papa
“Quanto mais a via, mais a amava com todas minhas forças.

“Os olhos da bela Imaculada eram como a porta de Deus, de onde se via tudo que pode inebriar a alma.


Olhar de Santa Teresa de los Andes, OCD
Olhar de Santa Teresa de los Andes, OCD
“Quando meus olhos se encontravam com os da Mãe de Deus e minha, sentia dentro de mim uma feliz revolução de amor, uma promessa de amá-la e de me desfazer de amor.

“Quando nos olhávamos, nossos olhos conversavam à sua maneira.

Olhar da Beata Elisabeth de la Trinité, OCD
Olhar da Beata Elisabeth de la Trinité, OCD
“Eu a amava tanto, que teria querido osculá-la entre os olhos.

“Eles enterneciam minha alma e pareciam atraí-la e a fundir com a minha.

“Seus olhos inculcaram um suave tremor em todo o meu ser.
Olhar de São Luís Orione (Don Orione)
Olhar de São Luís Orione (Don Orione)

“Eu temia qualquer movimento que lhe pudesse ser desagradável, por menor que fosse.

“A simples visão dos olhos da mais pura das virgens teria bastado para tornar-se o céu de um bem-aventurado.
Olhar de São João Bosco
Olhar de São João Bosco

“Teria bastado para que uma alma se unisse plenamente com a vontade do Altíssimo, permanecendo assim em meio aos eventos da vida mortal.


“Teria bastado para que esta alma praticasse contínuos atos de louvor, de ação de graças, de reparação e de expiação.
Olhar da Beata Jacinta Marto (vidente de Fátima)
Olhar da Beata Jacinta (vidente de Fátima)

“Esta simples visão concentra a alma em Deus e a torna como uma morta viva que olha todas as coisas da Terra, até as que lhe parecem mais sérias, como se fossem brinquedos de crianças.

Olhar de São Pio de Pietrelcina (Padre Pio)
Olhar de São Pio de Pietrelcina (Padre Pio)
“Ela não desejaria senão ouvir falar de Deus e do que toca na sua glória”.




Enquanto Nossa Senhora falava, no imenso panoarma alpino viam-se os acontecimentos  que Nossa Senhora anunciava e os males que queria evitar para a humanidade pecadora
Enquanto Nossa Senhora falava, no imenso panoarma alpino viam-se os acontecimentos
que Nossa Senhora anunciava e os males que queria evitar para a humanidade pecadora



quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Santa Bernadette em Nevers:
paz de alma no Tabor e no Calvário

Jardim do convento de Nevers
e capelinha onde foi enterrada Santa Bernadette
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Um amanhecer no jardim interno do Convento de Saint-Gildard. Casa Mãe das Irmãs da Caridade de Nevers na França.

A essa Congregação, correntemente chamada das Irmãs da Caridade de Nevers, pertenceu Santa Bernadette.

A vida religiosa da vidente de Lourdes transcorreu precisamente nessa casa, e foi entre suas paredes benditas que ela exalou seu último suspiro.

Ordem grave, profunda e entretanto radiosa tranquilidade na natureza, serenidade das linhas arquitetônicas da fachada... as folhas dos imensos castanheiros dir-se-iam lâminas delgadíssimas de prata ou de cristal, nas quais se condensam os raios solares castos e jubilosos desse esplêndido amanhecer.

Paz, enfim, uma grande paz natural nesse ambiente onde a presença de uma religiosa, como se fora a de um Anjo, parece trazer como riqueza transcendental, algo da paz sobrenatural indizivelmente mais preciosa que habita na alma dos filhos da luz.

E assim como os raios solares, penetrando nas folhas, parecem transformá-las em gotas de sol, dir-se-ia que a paz da natureza e, sobretudo, a paz inefável da graça penetram na alma dessa Religiosa, transformando-a como que numa personificação ou num símbolo vivo da paz interior.

Nevers, capela onde está o corpo de Santa Bernadette
Nevers, capela onde está hoje o corpo de Santa Bernadette
Quando Santa Bernadette passeava por este jardim, quem sabe se todas essas austeras e doces magnificências a ajudavam um pouco a lembrar-se da figura indescritivelmente bela, toda inundada de paz sobrenatural, d’Aquela que o Apocalipse (12, 1) descreve como a Mulher vestida de sol, do sol da verdadeira paz, que é o dom das almas unidas a Deus.

O que são, perto das alegrias dessa paz de alma, as correrias, a agitação, as tempestades passionais, as angústias, a que o mundo, sempre mentiroso, chama de alegria?

É a paz do Tabor.

Pensando nisto, teríamos o desejo de dizer à humanidade as palavras de Nosso Senhor à Samaritana: "Se conhecesses o dom de Deus... ( Jo. 4, 10 ).

(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, “Catolicismo”, março 1960)




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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Lourdes e as provações que temos cada um de nós

Luis Dufaur
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Deus nos envia provações como enviou a todos seus santos e, sobre tudo a Seu Divino Filho na sua Vida, Paixão e Morte.

Nós não podemos nos espantar se Ele enviar também alguma provação pequena, média ou grande para nós.

E nós podemos nos perguntar: quais são as provações mais úteis para a nossa alma?

Evidentemente são aquelas em que nossa aceitação e sacrifício na prova mais agradam a Deus.

Então, quais são as provações que Deus recebe com melhor agrado?

É claro que as minhas disposições internas são as que dão mais glória a Deus.

Por exemplo, quando eu estou sofrendo, sinto o sofrimento e sei que pode dar glória a Deus o fato de sofrer por amor a Ele.

E então fico contente de estar sofrendo porque sei que Ele se regozija, se glorifica com isso e me premiará depois por isso.

Essa é a provação mais meritória.

Então, por exemplo, um homem que está andando na rua, tropeça, cai e machuca um pouco o joelho.

Nos primeiros 50, 60 minutos o joelho incomoda muito, mas ele é obrigado a andar porque tem um compromisso.

É um verdadeiro desagrado andar a pé com o joelho machucado. Mas ele anda e anda com coragem oferecendo a Deus.

Quando está no fim ele quase não aguenta mais, mas percebe que a dor cessou e a provação também. Porém, o que ele deveria dar a Deus ele deu, o sacrifício foi feito de maneira agradável a Deus.

Cessou por exemplo porque um médico lhe deu uma aplicação anestésica, a dor passou e está acabado.

Ele compreende que o sofrimento passou, mas o oferecimento foi feito. E ele fica alegre por ter oferecido.

Isso é a provação aceita por amor de Deus. É dessa atitude de alma que a Escritura diz: “Deus ama aquele que Lhe dá com alegria”.

Mas se essa pessoa fica com horror da dor que está sofrendo e pede a Deus de todos os modos que faça cessar esse sofrimento, então essa provação é grata a Deus?

Nossa Senhora de Lourdes, igreja da Madelaine, Paris
Nossa Senhora de Lourdes,
igreja da Madelaine, Paris
Não seria sempre melhor não pedir a Deus para fazer cessar o sofrimento?

À primeira vista a gente diria que é melhor não pedir a Deus para fazer cessar o sofrimento.

Mas isso é uma simplificação, não é razoável.

Se fosse razoável, Lourdes seria uma contradição.

Porque se a pessoa deve sempre preferir a via do sofrimento, não devia fazer viagens enormes e às vezes custosíssimas como certos doentes fazem até Lourdes para ver se saram.

Ele devia ficar em casa, gemendo e chorando nesse vale de lágrimas.

Mas é que Deus tem seu caminho para cada alma, e a gente não pode padronizar.

De certas almas, Deus quer que sofram para pedirem a Ele a cura e sentirem a misericórdia dEle, e assim se unirem mais a Ele.

E a outras almas, Deus dá uma graça por onde a alma compreende que não deve pedir a cura.

Ele reza então “Senhor, faça-se em mim a Vossa vontade e não a minha”. E essa é uma forma mais perfeita de provação.

Lourdes está aí. Na Gruta de Massabielle na França. No altar da igreja de minha cidade. Na grutazinha de um oratório na região, na rua, até em aeroporto há!

Ou até em minha casa, na pequena imagem da sala, do criado mudo em qualquer parte!

E em cada lugar, Nossa Senhora de Lourdes nos inspira a atitude certa nas nossas provações.

Na minha provação. Na provação do outro. Na provação de cada um.

Na provação do caro leitor deste blog.



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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Carmelitas de Lourdes expiam pelos peregrinos

Luis Dufaur
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Mas há uma coisa talvez mais bonita ainda em Lourdes, e que é o Convento de Carmelitas que há lá.

Há um convento de Carmelitas em Lourdes, de contemplativas recolhidas que têm o propósito de expiar e sofrer todas as doenças para obter graças para os corpos e para as almas das pessoas que vão lá pedir essas graças.

De maneira que elas nunca pedem a sua própria cura.

Mas aceitam todas as doenças que queiram cair em cima delas em benefício das almas que vão à Gruta de Lourdes para pedir a cura.


Então elas sofrem coisas horrorosas, elas levam às vezes uma vida inteira de sofrimentos.

E, às vezes, morrem de uma morte prematura com o fito, o objetivo especial de fazer bem para as outras almas.


(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 6.2.65. Texto não revisto pelo autor).



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quarta-feira, 17 de julho de 2024

O inefável da Gruta de Lourdes

Tocando a pedra abençoada da gruta
Tocando a pedra abençoada da gruta
Luis Dufaur
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Quantas vezes, sentado naqueles bancos de metal – sempre imaculados – que há diante da Gruta, eu ficava longos períodos, talvez horas, olhando os peregrinos passar, passar, passar, numa sucessão sem fim.

Que saudade!

Entretanto, diria alguém que ali não esteve: que banalidade!

Ficar ali sentado, vendo passar aquelas pessoas vindas de todos os cantos do mundo, com seus doentes, suas velas, seus papelinhos com pedidos, as fotos do parente ou do amigo, documentos, objetos de piedade e sei lá quantas coisas mais.

E, todos, todos colando sua mão bem espalmada na entrada na Gruta, e assim fazendo o percurso – que não é longo – até saírem.

No fim, a pedra transuda água. Não é a água da fonte e todo mundo sabe disso. É água natural que filtra não sei como pela pedra, muito devagarzinho.

Todo o mundo tenta pegar dessa água, molhar seu lenço, seu papelinho, seu pedido, a foto do parente ou amigo, fazer o sinal da Cruz com ela, etc.

E completado o rápido percurso, quantos se voltam 180º em direção à imagem da Gruta no alto, como que querendo prolongar um pouquinho uma prosa que aconteceu no fundo de sua alma com Nossa Senhora Ela mesma.

O último olhar
Num certo dia, enquanto desfiava o terço, me veio uma coisa à cabeça: por que é que esse pessoal faz isso? Santa Bernadette não fazia, nem falou para fazer...

E, entretanto, eu era um desses que percorria a Gruta toda com a mão espalmada, beijava a pedra úmida, molhava todos os lenços nela, e ainda me voltava para a imagem no fim, sem cessar.

Uma vez, duas vezes, dezenas de vezes, a todas as horas e com todos os frios, no dia e na noite.

O que há?

O que há é inefável, quer dizer, algo que não tem palavras que o descreva, mas que a gente sente no mais fundo da alma como uma voz que falou coisas que ninguém fala.

E vendo aquelas pessoas, eu percebia que elas também percebiam esse inefável, como que incomunicável.

Veja vídeo
VÍDEO: velas de Lourdes
Tudo isso não vai sem uma graça sobrenatural que nos faz entender coisas para as quais as palavras são incapazes.

É uma graça que toca de um modo mais eminente do que outras graças.

A ação dessa graça comunica uma certa ordenação no espírito humano mutilado pela negação intencional do sobrenatural, pelo exagero incessante, quotidiano daquilo que é puramente material, interesseiro, até pecaminoso.

Tocando a pedra abençoada da gruta
Tocando a pedra abençoada da gruta
Fazer essa breve romaria dentro da Gruta de Lourdes introduz a gente num mundo inteiramente diferente daquele onde vivemos todos os dias.

A gente, por assim dizer, é transportado sem esforço a um mundo todo feito de inefáveis.

A mão toca a pedra e colhe a umidade como que querendo apanhar esse imponderável e levá-lo para casa ‘preso’ no lenço ou papelzinho molhado.

A alma que vai passando vai se ordenando. É como se Nossa Senhora afagasse com mão suave, delicada e fresca nossas cabeças atrapalhadas, sarasse nossas feridas da alma, e dissesse para cada um palavras que a gente não sabe repetir.

Esse inefável ameniza o tenso, endireita o torto, restaura o quebrado, suaviza o endurecido, flexibiliza para o espiritual, amolece o empedernido, inspira confiança ao desesperado...

A atmosfera do inefável que cercou o dogma da Imaculada Conceição e as graças que vieram com Lourdes confirmando esse dogma, pouco mais ou menos chegam até nossos dias.

Hoje se pode dizer que as trevas tentam circunscrever o brilho imponderável de Lourdes.

Porém, esse brilho que não entra pelos olhos do corpo, mas pelo olhar da alma, continua se comunicando sem cessar a todos os que ali vão.

Há como que um verdadeiro arco voltaico de graças, um arco-íris sobrenatural, que vem desde Santa Bernadette e o Beato Pio IX no século XIX, em torno do dogma da Imaculada Conceição.

Mil e mil inefáveis de ordem sobrenatural emanam de Lourdes como um orvalho regenerador para a Humanidade.

"Perdão, minha Mãe, perdão! Andei mal!"
Ela ouve sempre.
E onde está a Humanidade? Onde estou eu? O que faz a Humanidade desse dom? O que eu faço dele?

Em qualquer lugar do mundo, olhando estas letras ou quaisquer outras que elevem nossa mente até Nossa Senhora, eu posso ser beneficiado por esse orvalho.

Mas é preciso eu me fechar para a má influência que me rodeia: materialista, pragmática, sensual, igualitária, cristofóbica.

É toda uma nova e boa educação para esses imponderáveis que me é necessária.

E então eu lembro das palavras de Santa Bernadette, quando ela se voltou para o povo no fim da 8ª aparição, num longínquo 24 de fevereiro:

―“Penitência, penitência, penitência!”; e “rezai a Deus pela conversão dos pecadores”, disse ela.

Esse pedido de penitência foi para cada um de nós. Para cada um de nós mudarmos de vida – cada um sabe no quê. E repetido três vezes, como quem diz: entendam bem, é para valer.

O “pecador” precisado de penitência não é o vizinho, nem alguém que a gente não sabe quem é – aliás, também sim.

Mas o primeiro “pecador” que precisa se converter é cada um de nós, sem exceção. Por causa desse “pecador”, Nossa Senhora veio a Lourdes e fez o pedido.

Entretanto, como é fácil essa penitência, essa mudança de vida, de disposições interiores, percorrendo a Gruta como acima está escrito.

A grande questão é nunca esquecer, sempre reavivar a lembrança, na vida quotidiana, sem cessar, pedindo a Nossa Senhora essa graça de nunca diminuir a saudade e a recordação.

E, para quem não foi a Lourdes, pensar em tudo isto e ter a confiança de que pensando nisto o orvalho de Lourdes chegará até onde estejamos e operará essa maravilhosa e inefável transformação em nós também.

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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Na consolação ou na aridez, Nossa Senhora age como Mãe

Doentes em Lourdes, uns Nossa Senhora leva pela consolação, outros pela aridez
Doentes em Lourdes, uns Nossa Senhora leva pela consolação, outros pela aridez
Luis Dufaur
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Em Lourdes nós vemos um exemplo de como Nossa Senhora pode agir. E que é um modo diferente do que nós queremos, mas é mais sapiencial.

Há doentes que chegam a Lourdes e tem uma consolação espiritual extraordinária.

Depois, banham-se na piscina, curam-se.

E voltam para casa cantando os louvores de Nossa Senhora.

Esse é um quadro clássico.

Mas há outros doentes que chegam e tem uma aridez do outro mundo.

Eles têm a impressão de que aquilo não da em nada nada. Banham-se na piscina, não saram, e voltam para casa tristes.

Mas, às vezes, no trajeto de volta, saram!

Nossa Senhora quis conceder através da aridez aquilo que Ela não concederia através da consolação.

Porque Ela tem os seus caminhos para cada um.

Então, é também típico caso de Lourdes o das pessoas, por exemplo um surdo que está voltando para casa.

De repente um companheiro lhe faz uma pergunta, ele responde e começa a conversar.

O companheiro:

— Você não está notando que você esta ouvindo?

— Ah, é verdade, imagine! Reza o Magnificat, etc. Aconteceu num momento em que a pessoa menos se deu conta.

Há graças assim que Nossa Senhora da por essa via porque quer aproximar dEla alguns pela aridez.

Procissão de doentes em Lourdes conduzidos por cavaleiros e voluntários da Ordem de Malta
Procissão de doentes em Lourdes
conduzidos por cavaleiros e voluntários da Ordem de Malta
E a outros quer aproximá-los pela consolação.

Ela é Mãe, Ela sabe.

Então, se uma imagem causa uma impressão profunda, não deve ser uma razão para achar que todos têm que ficar também manifestamente impressionados com essa imagem.

Pode ser que alguns não tenham tido essa consolação, essa impressão sensível.

E esses tampouco devem se sentir abatidos ou diminuídos com isso.

Nossa Senhora tem suas vias, Ela é Mãe de misericórdia, e Ela tem em relação a todos que estão lendo estas linhas.

Ela deu ou dará alguma coisa a todos.

De maneira que ninguém ficará sem algo.

É questão de esperar, porque a graça virá.

Ninguém deve se recriminar. Ninguém deve procurasse atribuir a aridez a faltas especiais suas.

A nós se aplicam verdadeiramente as palavras do Memorare (o “Lembrai-vos”): “gemendo sob o peso de nossos pecados” e nos cabe nos prostra aos pés dEla, que é Mãe de misericórdia para os pecadores.

De maneira que não é o caso de nós dizermos: eu tive tal desolação, portanto estou mal nesse e naquele outro ponto.

Nesse pensamento errado entra o demônio da dúvida e do desespero que só prejudica a vida espiritual.

Nessa hora lembremos dos milagres de Lourdes em toda a sua enorme variedade e imprevisibilidade, na consolação ou na aridez.



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quarta-feira, 5 de junho de 2024

Nossa Senhora de Lourdes vandalizada suscita desagravo

Imagem de Nossa Senhora de Lourdes é quebrada por vândalos em Ituporanga.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A imagem de Nossa Senhora de Lourdes que fica dentro de uma gruta no Centro de Ituporanga, SC, foi quebrada por vândalos aproveitando a falta de luz da madrugada.

A polícia coletou imagens das câmeras de segurança do salão paroquial próximo para tentar identificar os criminosos. O canteiro da paróquia Santo Estevão, que fica em frente à gruta, também foi vandalizado, segundo divulgou “Jornal Alfredo Wagner Online”.

A imagem de cerca de 1,6 metros de altura ficava no ponto mais elevado da gruta e tinha a proteção de uma grade, além do portão de entrada do local que estava fechado. Mas isso não inibiu a ação.

O responsável pela limpeza a encontrou em pedaços, como mostram as imagens. A paróquia lamentou o que chamou de “ato de intolerância religiosa e vandalismo”.

Conforme uma publicação paroquial nas redes sociais, essa não é a primeira vez que a gruta sofre ataque. A segurança no local será reforçada e a imagem, restaurada por voluntários.

“Expressamos nossos mais sinceros apelos a Deus para que toque o coração do homem contemporâneo, afastando a maldade e promovendo a prática do bem e do amor ao próximo”, diz um trecho do comunicado da Paróquia Santo Estevão convocando os católicos para um ato religioso de desagravo.

A Prefeitura Municipal de Ituporanga divulgou nota na qual “emite Nota de Repúdio sobre a invasão e aos atos de vandalismo à Gruta Nossa Senhora de Lourdes, repudia e lamenta profundamente os danos materiais, históricos e da fé religiosa, causados pela depredação”.


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quarta-feira, 22 de maio de 2024

O milagre do terço salvou os missionários em Hiroshima

Os padres Hugo Lassalle (Superior dos jesuítas no Japão), Hubert Schiffer,
Wilhelm Kleinsorge e Hubert Cieslik [assinalados no círculo da foto]
Luis Dufaur
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No dia 6 de agosto de 1945, solenidade da Transfiguração de Nosso Senhor e praticamente no fim da II Guerra Mundial, a aviação americana lançou sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, a bomba atômica “Little Boy”, de urânio, que provocou a morte de 140 mil pessoas, mais de 70 mil feridos, e grande parte da cidade destruída.

Três dias depois, a mesma aviação lançou a bomba nuclear de plutônio, “Fat Man”, sobre a cidade de Nagasaki. Essa bomba destruiu a catedral da Imaculada Conceição, matando muitos católicos que estavam no templo.

Foi a primeira e única vez em que armas nucleares foram usadas contra alvos civis.

Devido à radiação, entre dois a quatro meses após os ataques atômicos, os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 e 166 mil pessoas em Hiroshima, e 60 a 80 mil em Nagasaki.

Durante os meses seguintes, várias pessoas morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação.

Nesse terrível cenário, ocorreu nessa cidade um fato surpreendente, que passou a ser conhecido como o “Milagre de Hiroshima”: quatro sacerdotes jesuítas alemães sobreviveram à catástrofe, inclusive a seus efeitos, apesar de estarem muito perto do local onde a bomba explodiu.

Pe. Hubert Schiffer SJ
Esses religiosos eram os padres Hugo Lassalle (Superior dos jesuítas no Japão), Hubert Schiffer, Wilhelm Kleinsorge e Hubert Cieslik.

No momento da explosão, eles se encontravam na casa paroquial da igreja de Nossa Senhora da Assunção, um dos poucos edifícios que resistiu à bomba.

Um dos sacerdotes estava celebrando a Santa Missa, outro tomava o café da manhã e os demais se encontravam em dependências da paróquia.

O edifício religioso sofreu apenas danos menores, como vidros quebrados, conforme escreveu o Pe. Hubert Cieslik em seu diário, mas nenhum dano em consequência da energia atômica liberada pela bomba.

O Pe. Schiffer escreverá depois o livro O Rosário de Hiroshima, no qual narra tudo o que lhes sucedeu naqueles dias fatídicos.

Os religiosos atribuem sua preservação a uma proteção particular da Santíssima Virgem, pois “vivíamos a mensagem de Fátima e rezávamos juntos o Rosário todos os dias”.

Quando, mais tarde, esses jesuítas receberam tratamento médico, foi-lhes dito que devido à radiação eles teriam lesões graves, enfermidades, e inclusive uma morte prematura.

Porém, contra todas as expectativas, tal não sucedeu. Nenhum deles teve qualquer transtorno físico.

Pelo contrário, em 1976 — 31 anos depois do lançamento da bomba —, o Pe. Schiffer participou do Congresso Eucarístico de Filadélfia, onde relatou sua história.

Ele confirmou que os quatros jesuítas ainda viviam, sem nenhuma enfermidade.

Isso foi comprovado por dezenas de médicos que os examinaram cerca de 200 vezes nos anos posteriores, não encontrando qualquer sinal da radiação em seus corpos.

Catedral da Assunção de Nossa Senhora, em HIroshima, o novo templo hoje
Catedral da Assunção de Nossa Senhora,
em Hiroshima, o novo templo hoje
O Pe. Hugo Lassalle continuou em Hiroshima, e em 1948 naturalizou-se japonês com o nome Enomiya Mabiki.

De passagem por Roma, recebeu do Papa Pio XII autorização para recolher fundos destinados a reconstruir a igreja dedicada à Assunção de Nossa Senhora.

Em 1959, com a elevação de Hiroshima a diocese pelo Papa João XXIII, ela passou a ser catedral.

Sua construção começou em 1950 e foi concluída no dia 6 de agosto de 1954, nove anos após a explosão da bomba atômica.

É preciso dizer que a rendição do Japão se daria na solenidade da Assunção da Virgem aos Céus, 15 de agosto de 1945, poucos dias depois da explosão das bombas atômicas.

Hiroshima foi reconstruída totalmente, com aquela tenacidade própria aos filhos do Sol Nascente, contando hoje com mais de um milhão e cem mil habitantes.


(Fonte: ACIPrensa)


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