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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
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Em Lourdes há coisas que os romeiros parecem não notar.
Tal vez seja, e nisso concordo, que o ambiente imponderável que a gente sente se aproximando da Gruta – e já de longe! – é tão suave, acolhedor, aconchegante, familiar e sobrenatural que a gente esquece tudo o resto.
Só depois de refletir muito é que a gente bate na testa e exclama: como não percebi isso antes!
Um exemplo: em Lourdes não há nada que não seja comum, normal, proporcionado à vida de uma pequena cidade do interior.
Lourdes foi uma aldeia – hoje é uma cidade – ao pé dos Pirineus que no inverno ficam belamente coroados de neve. Mas não são os magníficos Alpes, nem os grandiosos Andes.
A Gruta milagrosa é uma anfractuosidade aberta no morro quiçá pela correnteza do rio Gave que em épocas de enchente desce com violência.
Fora disso, nada especial. Até a água que faz milagres – já foi analisada inúmeras vezes – é boa água natural, potável, como brota de tantas minas d’água que há, por exemplo, no Brasil.
Há santuários mariais muito abençoados que não são assim. Por exemplo, o de Nossa Senhora de Las Lajas, na Colômbia.
Veja: Nossa Senhora de Las Lajas: uma história medieval fora da Idade Média!