quarta-feira, 27 de março de 2019

Lourdes triunfa contra as tentativas de fechar a gruta

Procurador Vital Dutour fez relatórios
contra milagres de Lourdes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Ficou claro desde o início que a ira do demônio e seus sequazes haveria de se lançar com fúria contra Lourdes.

Como de costume, agindo bem no seu estilo, isto é, ocultando as verdadeiras razões e procurando menosprezar, denegrir e, se possível, impedir o fluxo dos peregrinos.

Ainda não haviam terminado as aparições de Nossa Senhora, e já ocorriam milagres patentes. Mas igualmente a máquina difamatória estava em ação.

O procurador de Lourdes, em relatórios, perguntava ao governo da capital como impedir os “extravios da imaginação” que mencionavam milagres na Gruta, ridicularizando as curas acontecidas.

Num outro relatório ele denunciava a água de Lourdes por conter carbonato de cálcio (aliás, simples antiácido hoje utilizado pela medicina) e vituperava o descontrole dos “boatos” sobre curas.

Clément Pailhasson, farmacêutico da cidade, espalhava que a água era “muito ruim”.

O diretor da escola superior, Antoine Clarens, a apontava como causa de “graves perigos”; enquanto Jacomet, delegado de polícia, prevenia que era “malsã”.


quarta-feira, 20 de março de 2019

Santa Bernadette: exemplo de desinteresse, alienação e holocausto

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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sócio do IPCO,
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Santa Bernadette e tantos outros santos morreram para que fôssemos desinteressados.

Para que tivéssemos uma vida espiritual em que procurássemos, mais do que o Céu para nós, a graça de amar desinteressadamente a Deus.

Não procurar o Céu para ser feliz no Céu, mas procurar o Céu porque Deus está lá e para amarmos desinteressadamente a Deus.

Antes de tudo e acima de tudo, colocando a nossa felicidade no Céu como uma coisa enormemente preciosa, mas secundária em comparação com a ideia de que nós vamos ver a Deus e vamos adorá-Lo.

De que vamos contemplar a glória dEle.

Então, exclusivamente para Ele. Que sejamos tais que também nós atuemos em nossa família de almas pelo exclusivo interesse da Causa católica.

Este é o perfeito holocausto, daquilo que tantos seguidores de Satanás chamariam de perfeita “alienação”.

Santa Bernadette é uma pessoa que se alienou a Nossa Senhora completamente.

Deu tudo e depois de dar tudo agradeceu o fato de não ser nada.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Uma janela do Céu: testemunho de um peregrino a Lourdes


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Chegando a Lourdes um instinto misterioso conduz o neófito rumo à Gruta.

Os cartazes são inexistentes e desnecessários.

Os guardas são escassos e sem trabalho.

A multidão é ordenada, composta e fervorosa. Tudo é pulcro e bem conservado.

Magotes de peregrinos convergem para o local das aparições.

Uns rezam em grupo ou isoladamente, em voz alta ou baixa; outros cantam.

Ainda outros caminham em atitude recolhida, ou com ávida curiosidade, até o fulcro dessa unção que a tudo envolve maternalmente.

Não há algazarra nem pesado silêncio.

Há uma plenitude de vida harmoniosa, impregnada de sobrenatural, que empolga.

Alguns chegam acompanhados de um sacerdote. A imensa maioria vem por iniciativa própria.

O que os levou lá?

O que a graça disse na alma daquele romeno, australiano, japonês, brasileiro ou sul-africano, para virem de todos os recantos da Terra a Lourdes, com tanta consonância de espírito?

À direita de quem chega, o caudaloso rio Gave corre impetuosamente, emitindo leve murmúrio, imagem material dessa torrente de graças que ali age tão poderosa e discretamente nas almas.

À esquerda, as numerosas torneiras onde os romeiros colhem e bebem a água da fonte aberta por Santa Bernadete por ordem de Nossa Senhora.

Logo a seguir, a Gruta das aparições. Como descrevê-la?

É difícil.

Nada há nela que não se pareça com mais uma concavidade lavrada na rocha pelo vento e pelas águas.

Porém, olhando-a, tem-se a impressão de contemplar uma janela que abre direto para o Céu.

No alto, à direita, numa espécie de túnel aberto na rocha, a famosa imagem de Nossa Senhora de Lourdes, tão simples, sem mérito artístico especial, irradiando um oceano de graças.

No canto inferior à esquerda, no fundo, a fonte que Santa Bernadete cavou com suas próprias mãos, a mando de Nossa Senhora.

A água jorra límpida, incessante, com a musicalidade aconchegante de um despretensioso manancial de montanha.

Eis a água de Lourdes, eis o simples instrumento de que Nossa Senhora se serve para vencer a doença e o pecado, a lubricidade igualitária da humanidade que recusou a Civilização Cristã. Que contraste!

Que glória, que poder da Santíssima Virgem!

Toda a obra de impiedade erigida em séculos de Revolução, vencida pela Rainha dos Céus e da Terra com um simples fio de água!



Acompanhe online o que está acontecendo agora na própria gruta de Lourdes pela Webcam do santuário. 



quarta-feira, 6 de março de 2019

Santa Bernadette esquecida de todos

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Santa Bernadette antes de ser freira, era uma camponesa, com a expressão do olhar muito viva, com muita firmeza de ideias e de princípios na sua atitude.

Embora se visse que ela era uma pessoa quase iletrada e que não era capaz, portanto, de estruturar normalmente, correntemente, um princípio e o apresentar a quem quer que seja.

Ela tinha, por obra do Espírito Santo, o que têm tantas outras almas de condição modesta e que não tiveram os meios para estudar.

Ela tinha um verdadeiro conhecimento de certos princípios e uma heroica atitude de amor ofensivo e defensivo em relação a esses princípios.

Muito cedo aflorou nela a vocação religiosa.

Essa vocação a conduziu a uma congregação religiosa que têm uma casa na cidade de Nevers, que é a capital da zona chamada antigamente Nivernais.

Ela entrou nessa congregação onde, com intencionalidade das superioras, o trato dado a ela foi o seguinte:

Entenderam muito bem que se se conhecesse lá que Bernadette era a moça das aparições, ela seria o objeto da veneração e do entusiasmo de todas as pessoas no convento.

E ela ao invés de ter dentro do convento a vida sacrificada e dura que deve ser própria a quem segue a vocação religiosa, ela teria uma vida de bonequinha. Ela seria a bonequinha das outras freiras.

Então resolveram ocultar que ela fosse Bernadette Soubirous.

Fora também não se sabia que ela estava nesse convento. A entrada dela para o convento foi completamente ignorada.