Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Impossível pensar na Virgem Imaculada sem lembrar a serpente cuja cabeça Ela esmaga triunfal e definitivamente com o calcanhar.
O espírito revolucionário que hoje degrada o mundo é o próprio espírito do demônio.
Seria impossível, para uma pessoa de fé, não reconhecer a parte que o demônio tem no aparecimento e na propagação dos erros da Revolução.
Desde a catástrofe religiosa do século XVI que foi o protestantismo até a catástrofe política do século XVIII que foi a Revolução Francesa, e tudo quanto nesta se seguiu até hoje, comunismo e caos, o demônio foi agente decisivo.
Mas em Lourdes, Nossa Senhora confirmou o dogma da Imaculada Conceição.
E dessa maneira o poder das trevas viu afirmado o triunfo de sua máxima, invariável, e inflexível inimiga, e sofreu a mais horrível das humilhações.
Desde então, ouve-se um concerto de vozes humanas e de rugidos satânicos por todo o mundo, semelhante a uma imensa e fragorosa tempestade contra Lourdes e a Imaculada Conceição.
Esse coro infernal não só se faz ouvir mas de exprime em maus costumes. E até o ostenta os mais perversos vícios.
Contra essa tempestade de paixões inconfessáveis, de ódios ameaçadores, de desesperos furiosos, se erguia só e intrépida, a figura do Vigário de Cristo que então reinava gloriosamente sobre a Igreja: o bem-aventurado Papa Pio IX.
Naquele momento a Igreja estava desprovida de todos os recursos da terra.
Ela confiava apenas no auxílio do Céu e não compactuava com os erros, os males e os mais perversos costumes morais.