São Pio X: Lourdes é promessa da vitória iminente sobre a impiedade
“É preciso acrescentar que Pio IX não muito antes [das aparições] havia declarado ser de fé católica a Conceição Imaculada de Maria que, na cidade de Lourdes, começaram maravilhosas manifestações da Virgem, e foi, como se sabe, a origem dessas igrejas elevadas em honra da Imaculada Mãe de Deus, obra de alta magnificência e de imensos trabalhos, onde prodígios quotidianos, devidos à sua intercessão, fornecem esplêndidos argumentos para prostrar na confusão a incredulidade moderna.
“Tantos e tão insignes benefícios concedidos por Deus pelas piedosas solicitações de Maria, durante os cinqüenta anos transcorridos, não deveriam nos fazer esperar a salvação num tempo ainda mais curto do que nós acreditávamos?
Da mesma maneira, há como uma lei da Providência divina, a experiência ensina-nos isto, segundo a qual entre os extremos derradeiros do mal e a liberação jamais há muita distância. “O tempo de sua vinda está próximo. Pois o Senhor terá piedade de Jacob, e em Israel terá seu eleito” (Is. XIV, 1).
“É pois com inteira confiança que nós mesmos podemos esperar que dentro em breve exclamemos : “O Senhor quebrou o cetro dos ímpios. A terra está em paz e silêncio, ela se regozija e ela exulta” (Is. XIV, 5 e 7).”
Carta encíclica Ad diem illum, de 2 de fevereiro de 1904: Acta Pii X, vol. 1, p.149.
Pio XII: a malícia dos adversários permitiu que a aparição de Lourdes brilhasse com mais evidência
“Não é de admirar que os nossos predecessores se hajam comprazido em multiplicar os seus favores para com esse santuário. Desde 1860, Pio IX, de santa memória, regozijava-se de que os obstáculos suscitados contra Lourdes pela malícia dos homens houvessem permitido ‘manifestar com mais força e mais evidência a clareza do fato’ (Carta de 4 de setembro de 1869, Ep. lat. an.1869, n. 388, f. 695.).
“E, forte dessa segurança, ele cumula de benefícios espirituais a Igreja recém-educada, e faz coroar a estátua de nossa Senhora de Lourdes.”
Carta Encíclica “Le Pelèrinage de Lourdes”, 2 de julho de 1957.
Pio XI: Lourdes confirmou a proclamação do dogma da Imaculada Conceição
“O que em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as mulheres, quis, ao que parece, confïrmá-lo por sua boca, quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição na gruta de Massabielle”.
“Certamente, a palavra infalível do pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada, não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de Bernardete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada Conceição"!
Decreto De Tuto para a canonização de santa Bernardete, 2 de julho de 1933: AAS 25(1933), p. 377.
Bento XVI em Lourdes:
“Numerosas são as pessoas que o testemunharam: o encontro com o rosto luminoso de Bernadete impressionava os corações e os olhares. Tanto durante as aparições como quando ela as narrava, o seu rosto tornava-se completamente radioso. Bernadete já estava habitada pela luz de Massabielle.
“No entanto, a vida quotidiana da família Soubirous era tecida de miséria e tristeza, de doença e incompreensão, de rejeição e pobreza. Embora não faltando amor e afecto nas relações familiares, era difícil viver no “cachot” (no “cárcere”).
“Contudo, as sombras da terra não impediram de brilhar a luz do céu: «A luz brilha nas trevas...» (Jo 1, 5).”
(Fonte: homilia na procissão das velas, 13.9.08)
Santa Catarina Labouré: Nossa Senhora de Lourdes é a mesma da Medalha Milagrosa
Quando Santa Catarina Labouré soube, em Paris, das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, exclamou: “É a mesma!”.
A santa lamentou várias vezes que não se tivesse construído na Rue du Bac o santuário dedicado à Medalha Milagrosa, pedido pela Mãe de Deus:
“Se os superiores tivessem querido, a Santa Virgem teria escolhido nossa capela” para operar os milagres de Lourdes, disse em outra ocasião.
Para Santa Catarina, Nossa Senhora escolheu Lourdes para suprir a falta de interesse das autoridades religiosas de Paris pelo pedido de Nossa Senhora.
Fonte: Pe. René Laurentin, “Vie de Catherine Labouré”, Desclée de Brouwer, Paris, 1980, p. 147-148.
Plinio Corrêa de Oliveira: Lourdes sinaliza que os dias da impiedade estão contados
“Em Lourdes, como estrondosa confirmação do dogma, [Nossa Senhora] fez o que nunca antes se vira: instalou no mundo o milagre, por assim dizer, em série e a título permanente. [...]
“Dir-se-ia que a humanidade inteira sofre violência, que está sendo posta em uma forma que não convém à sua natureza, e que todas as suas fibras sadias se contorcem e resistem.
“Há um anseio imenso por outra coisa, que ainda não se sabe qual é. Mas, enfim ― fato talvez novo desde que começou, no século XV, o declínio da Civilização Cristã ― o mundo inteiro geme nas trevas e na dor, precisamente como o filho pródigo quando chegou ao último da vergonha e da miséria, longe do lar paterno.
“No próprio momento em que a iniqüidade parece triunfar, há algo de frustrado em sua aparente vitória [...].
“Nossa Senhora tem alcançado para nós os mais estupendos milagres. Esta piedade se terá extinguido? Têm fim as misericórdias de uma Mãe, e da melhor das mães?
“Quem ousaria afirmá-lo? Se alguém duvidasse, Lourdes servir-lhe-ia de admirável lição de confiança. Nossa Senhora há de nos socorrer. [...]
“Na realidade Ela já começou a nos socorrer. [...] Os dias do domínio da impiedade estão contados. A definição do dogma da Imaculada Conceição marcou o início de uma sucessão de fatos que conduzirá ao Reinado de Maria”.
(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, “Primeiro marco do ressurgimento contra-revolucionário”, “Catolicismo”, nº 86, fevereiro de 1958).
Os 70 milagres reconhecidos pela Igreja
70 milagres de Lourdes foram proclamados oficialmente pela Igreja.
Mais de 7.000 curas foram qualificadas de inexplicáveis pela ciência. Os bispos decidirão se as reconhecem canonicamente como milagre.
Eis a lista dos 70. Em 1º lugar o nome e local de residência do miraculado; 2º) a doença curada; 3º) idade do doente e data da cura; 4º) diocese e data do reconhecimento do milagre.
1. Sra. Catherine Latapie, apelidada Chouat, de Loubajac (França). Paralisia havia 18 meses. Por volta de 38 anos, no dia 01-03-1858. Tarbes, 18-01-1862.
2. Sr. Louis Bouriette, de Lourdes (França). Perda da vista havia 20 anos. 54 anos em março de 1858. Tarbes, 18-01-1862.
3. Sra. Blaisette Cazenave, (nascida Soupène), de Lourdes (França). Oftalmia crônica havia 3 anos. Por volta de 50 anos, março de 1858. Tarbes, 18-01-1862.
4. Sr. Henri Busquet, de Nay (França). Adenite com úlcera havia 15 meses. Por volta de 15 anos, em 28-04-1858. Tarbes, 18-01-1862.
5. Sr. Justin Bouhort, de Lourdes (França). Atraso de desenvolvimento e consumição física. 2 anos em 06-07-1858. Tarbes, 18-01-1862.
6. Sra. Madeleine Rizan, de Nay (França). Hemiplegia do lado esquerdo havia 24 anos. 58 anos aproximadamente em 17-10-1858. Tarbes, 18-01-1862.
7. Srta. Marie Moreau, de Tartas (França). Perda da vista com lesões inflamatórias havia 10 meses. 17 anos aproximadamente em 09-11-1858. Tarbes, 18-01-1862.
8. Sr. Pierre de Rudder, de Jabbeke (Bélgica). Fratura exposta da perna esquerda com seudo-artrose. 52 anos em 07-04-1875. Bruges (Bélgica) 25-07-1908.
9. Srta. Joachime Dehant, de Gesves (Bélgica). Ulcera da perna direita com gangrena muito desenvolvida. 29 anos em 13-09-1878. Namur (Bélgica) 25-04-1908.
10. Srta. Elisa Seisson, de Rognonas (França). Hipertrofia do coração com edemas nos membros inferiores. 27 anos em 29-08-1882. Aix-en-Provence 02-07-1912.
11. Irmã Eugenia, (Marie Mabille), de Bernay (França). Abscesso com fístulas, flebite. 28 anos em 21-08-1883. Evreux 30-08-1908.
12. Irmã Julienne, (Aline Bruyère), de La Roque (França). Tuberculose pulmonar. 25 anos em 01-09-1889. Tulle 07-03-1912.
13. Irmã Joséphine-Marie, (Anne Jourdain), de Goincourt (França). Tuberculose pulmonar. 36 anos em 21-08-1890. Beauvais 10-10-1908.
14. Srta. Amélie Chagnon, (Religiosa do Sagrado Coração em 25-09-1894), de Poitiers (França). Osteoartrite tuberculosa no joelho e no pé. 17 anos em 21-08-1891. Tournai (Bélgica) 08-09-1910.
15. Srta. Clémentine Trouvé, (Irmã Agnès-Marie), de Rouille (França). Osteoperiostite do pé direito com flebite. 14 anos em 21-08-1891. Paris 06-06-1908.
16. Srta. Marie Lebranchu, (Sra. Wuiplier), de Paris (França). Tuberculose pulmonar. 35 anos em 20-08-1892. Paris 06-06-1908.
17. Srta. Marie Lemarchand, (Sra. Authier), de Caen (França). Tuberculose pulmonar com úlceras no rosto e na perna. 18 anos em 21-08-1892. Paris 06-06-1908.
18. Srta. Elise Lesage, de Bucquoy (França). Osteoartrite tuberculosa do joelho. 18 anos em 21-08-1892. Arras 04-02-1908.
19. Irmã Maria da Apresentação, (Sylvanie Delporte), de Lille (França). Gastrenterite crônica tuberculosa. 46 anos em 29-08-1892. Cambrai 15-08-1908.
20. Padre Cirette, de Beaumontel (França). Esclerose espinal. 46 anos em 31-08-1893. Evreux 11-02-1907.
21. Srta. Aurélie Huprelle, de Saint-Martin-le-Noeud (França). Tuberculose pulmonar aguda. 26 anos em 21-08-1895. Beauvais 01-05-1908.
22. Srta. Esther Brachmann, de Paris (França). Peritonite tuberculosa. 15 anos em 21-08-1896. Paris 06-06-1908.
23. Srta. Jeanne Tulasne, de Tours (França). Mal de Pott lombar. 20 anos em 08-09-1897. Tours 27-10-1907.
24. Srta. Clémentine Malot, de Gaudechart (França). Tuberculose pulmonar. 25 anos em 21-08-1898. Beauvais 01-11-1908.
25. Sra. Rose François, (nascida Labreuvoies), de Paris (França). Fleimão com fístulas no braço direito e enorme edema. 36 anos em 20-08-1899. Paris 06-06-1908.
26. Padre Salvador, de Rouelle (França). Peritonite tuberculosa. 38 anos em 25-06-1900. Rennes 01-07-1908.
27. Irmã Maximilien, (Religiosa da Esperança) de Marselha (França). Quisto no fígado e flebite na perna esquerda. 43 anos em 20-05-1901. Marselha 05-02-1908.
28. Srta. Marie Savoye, de Cateau-Cambresis (França). Doença mitral reumática descompensada. 24 anos em 20-09-1901. Cambrai 15-08-1908.
29. Sra. Johanna Bézenac, (nascida Dubos), de Saint-Laurent-des-Bâtons (França). Caquexia de origem desconhecida e impetigo. 28 anos em 08-08-1904. Périgueux 02-07-1908.
30. Irmã Saint-Hilaire, (Lucie Jupin), de Peyreleau (França) Tumor abdominal. 39 anos em 20-08-1904. Rodez 10-05-1908.
31. Irmã Sainte-Béatrix, (Rosalie Vildier), d’Evreux (França). Laringobronquite tuberculosa. 42 anos em 31-08-1904. Evreux 25-03-1908.
32. Srta. Marie-Thérèse Noblet, d’Avenay (França). Mal de Pott. 15 anos em 31-08-1905. Reims 11-02-1908.
33. Srta. Cécile Douville de Franssu, de Tournai (Bélgica). Peritonite tuberculosa. 19 anos em 21-09-1905. Versailles 08-12-1909.
34. Srta. Antonia Moulin, de Vienne (França). Fistula no fêmur direito e artrite no joelho. 30 anos em 10-08-1907. Grenoble 06-11-1910.
35. Srta. Marie Borel, de Mende (França). Seis fístulas nas regiões lombar e abdominal. 27 anos em 21/22-08-1907. Mende 04-06-1911.
36. Srta. Virginie Haudebourg, de Lons-le-Saulnier Cistite tuberculosa e nefrite. 22 anos em 17-05-1908. Saint-Claude 25-11-1912. (França).
37. Sra. Marie Biré, (nascida Lucas), de Sainte-Gemme-la-Plaine (França). Cegueira de origem cerebral e atrofia papilar bilateral. 41 anos em 05-08-1908. Luçon 30-07-1910.
38. Srta. Aimée Allope, de Vern (França). Numerosos abscessos tuberculosos, quatro dos quais com fístula. 37 anos em 28-05-1909. Angers 05-08-1910.
39. Srta. Juliette Orion, de Saint-Hilaire-de- Voust (França). Tuberculose pulmonar e da laringe. 24 anos em 22-07-1910. Luçon 18-10-1913.
40. Sra. Marie Fabre, de Montredon (França). Enterite, dispepsia e prolapso uterino. 32 anos em 26-09-1911. Cahors 08-09-1912.
41. Srta. Henriette Bressolles, de Nice (França). Mal de Pott, paraplégica. 28 anos aproximadamente em 03-07-1924. Nice 04-06-1957.
42. Srta. Brosse Lydia, de Saint-Raphaël (França). Fistulas tuberculosas múltiplas. 41 anos em 11-10-1930. Coutances 05-08-1958.
43. Irmã Marie-Marguerite, (Françoise Capitaine), de Rennes (França). Abscesso do rim esquerdo com edema e crises cardíacas. 64 anos em 22-01-1937. Rennes 20-05-1946.
44. Srta. Louise Jamain, (Sra. Maître), de Paris (França). Tuberculose pulmonar, intestinal e peritoneal. 22 anos em 01-04-1937. Paris 14-12-1951.
45. Sr. Francis Pascal, de Beaucaire (França). Cegueira e paralise dos membros inferiores. 3 anos 10 mois em 31-08-1938. Aix-en-Provence 31-05-1949.
46. Srta. Gabrielle Clauzel, d’Oran (Algérie). Espondite reumatica. 49 anos em 15-08-1943. Oran (Algeria) 18-03-1948.
47. Srta. Yvonne Fournier, de Limoges (França). Síndrome de Leriche. 22 anos em 19-08-1945. Paris 14-11-1959.
48. Sra. Rose Martin, (nascida Perona), de Nice (França). Câncer no colo do útero. 46 anos em 03-07-1947. Nice 17-03-1958.
49. Sra. Jeanne Gestas, (nascida Pelin), de Bègles (França). Perturbações dispépticas com acidentes pós-operatórios. 50 anos em 22-08-1947. Bordeaux 13-07-1952.
50. Srta. Marie-Thérèse Canin, de Marseille (França). Mal de Pott e peritonite tuberculosa. 37 anos em 09-10-1947. Marselha 06-06-1952.
51. Srta. Maddalena Carini, de San Remo (Itália). Peritonite tuberculose, tuberculose pleural, pulmonar e óssea com artrite coronária. 31 anos em 15-08-1948. Milão (Itália) 02-06-1960.
52. Srta. Jeanne Frétel, de Rennes (França). Péritonite tuberculosa. 34 anos em 08-10-1948. Rennes 20-11-1950.
53. Srta. Théa Angele, (Irmã Maria-Mercedes), de Tettnang (Alemanha). Esclerose em placas havia seis anos. 20 anos em 20-05-1950. Tarbes-Lourdes 28-06-1961.
54. Sr. Evasio Ganora, de Casale (Itália). Doença de Hodgkin. 37 anos em 02-06-1950. Casale (Itália) 31-05-1955.
55. Srta. Edeltraud Fulda, (Sra. Haidinger), de Viena (Áustria). Doença de Addison. 34 anos em 12-08-1950. Viena (Áustria) 18-05-1955.
56. Sr. Paul Pellegrin, de Toulon (França). Fístula pós-operatória de um abscesso do fígado. 52 anos em 03-10-1950. Fréjus-Toulon 08-12-1953.
57. Irmão Léo Schwager, de Friburgo (Suíça). Esclerose em placas havia cinco anos. 28 anos em 30-04-1952. Genebra (Lausanne) Friburgo (Suíça). 18-12-1960.
58. Sra. Alice Couteault, (nascida Gourdon), de Bouille-Loretz (França). Esclerose em placas havia três anos. 34 anos em 15-05-1952. Poitiers 16-07-1956.
59. Srta. Marie Bigot, de La Richardais (França). Cegueira, surdez e hemiplegia. 31 anos em 08-10-1953 e 32 anos em 10-10-1954. Rennes 15-08-1956.
60. Sra. Ginette Nouvel, (nascida Fabre), de Carmaux (França). Doença de Budd-Chiari. 26 anos em 21-09-1954. Albi 31-05-1963.
61. Srta. Elisa Aloi, (Sra. Varacalli), de Patti (Itália). Tuberculose osteoarticular com fístulas múltiplas. 27 anos em 05-06-1958. Messina (Itália) 26-05-1965.
62. Srta. Juliette Tamburini, de Marselha (França). Osteoperiostite femoral com fístula havia 10 anos. 22 anos em 17-07-1959. Marselha 11-05-1965.
63. Sr. Vittorio Micheli, de Scurelle (Itália). Sarcoma do quadril. 23 anos em 01-06-1963. Trento 26-05-1976.
64. Sr. Serge Perrin, de Lion d’Angers (França). Hemiplegia direita com lesões oculares, perturbações circulatórias. 41 anos em 01-05-1970. Angers 17-06-1978.
65. Srta. Delizia Cirolli, (Sra. Costa), de Paternò (Itália). Sarcoma de Ewing no joelho esquerdo. 12 anos em 24-12-1976. Catania (Itália) 28-06-1989.
66. Sr. Jean-Pierre Bély, de La Couronne (França). Esclerose em placas. 51 anos em 09-10-1987. Angoulême 9-02-1999.
67. Srta. Anna Santaniello, Salerno (Itália) Descompensação cardíaca resultante de reumatismo articular agudo. 41 anos em 19-08-1952. Salerno (Itália) 21-09-2005 .
68. Soror Luigina Traverso, Casale Monferrato (Itália). Paralisia da perna esquerda. 31 anos em 23-07-1965. Casale Monferrato (Itália) 11-10-2012.
69. Sra. Danila Castelli, Pavia (Itália). Hipertensão arterial grave com tumores. 43 anos em 04-05-1989. Pavia (Itália) 20-06-2013.
70. Irmã Bernadette Moriau, Beauvais (França). Síndrome da cauda equina. 79 anos em 11-07-2008. Beauvais (França) 11-02-2018.
São Pio X: Lourdes excede em glória todo outro santuário mariano
“A glória única do santuário de Lourdes reside no fato de nele serem os povos atraídos de toda parte, por Maria, à adoração de Cristo Jesus no augusto sacramento; de sorte que aquele santuário, ao mesmo tempo centro de culto mariano e trono do mistério eucarístico, excede em glória, ao que parece, todos os outros no orbe católico”.
Breve de 25 de abril de 1911: Arch. Brev. Ap., Pius X, an.1911, Div. Lib. IX, pars I, f. 337.
Pio XII: Lourdes e a medalha milagrosa: duas devoções contra-revolucionárias
“Devia, no entanto, o século XIX, após a tormenta revolucionária, ser por muitos títulos o século das predileções marianas. Para só citarmos um fato, quem é que não conhece hoje em dia a "medalha milagrosa"?
“Revelada, no próprio coração da capital francesa, a uma humilde filha de São Vicente de Paulo que tivemos a alegria de inscrever no catálogo dos santos, essa medalha cunhada com a efígie de "Maria concebida sem pecado" espalhou por todos os lugares os seus prodígios espirituais e materiais.
“E, alguns anos mais tarde, de 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858, à bem-aventurada virgem Maria aprazia, por um favor novo, manifestar-se na terra dos Pirineus a uma menina piedosa e pura, saída de uma família cristã, trabalhadora na sua pobreza.
“Ela vem a Bernardete, dizíamos nós outrora, fá-la a sua confidente, a colaboradora, o instrumento da sua ternura maternal e da misericordiosa onipotência de seu Filho, para restaurar o mundo em Cristo por uma nova e incomparável efusão da redenção”.
Carta Encíclica “Le Pelèrinage de Lourdes”, 2 de julho de 1957.
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Nossa Senhora está infinitamente abaixo de Deus.
E tudo quanto está abaixo de Nossa Senhora está incomensuravelmente abaixo d’Ela. É o que a perenidade das curas de Lourdes nos diz.
Há uma certa interpretação da religião um pouco dada a pedir favores materiais, etc., etc., que desdenha os favores espirituais e que se impressiona muito com as curas materiais de Lourdes.
Eles não compreendem que os favores materiais que Deus dá são de fato favores. E favores que a gente deve pedir.
Mas que só são verdadeiramente favores, na medida em que levam a nossa alma a desejar os favores espirituais. As graças para a alma.
É por aí que verdadeiramente Deus atrai as almas para Ele, porque todos os favores tem este objetivo.
Não se pense que a cura de Lourdes é só porque Nossa Senhora tem pena do homem que é capenga.
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Santa Catarina Labouré, no dia 21 de abril de 1830, transpôs os umbrais do noviciado das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris.
Ela chegou, sem sabé-lo, conduzida pela mão de São Vicente de Paula.
Primeira aparição: Nossa Senhora mostra que o mundo caminha para um desastre
Na noite anterior ao dia da festa de São Vicente, 19 de julho, Catarina ouviu uma voz que a acordava. Assim contou ela:
“Enfim, às onze e meia da noite, ouvi que me chamavam pelo nome: ‘Minha irmã! Minha irmã!’
Acordando, corro a cortina e vejo um menino de quatro a cinco anos vestido de branco que me diz: ‘Vinde à Capela; a Santíssima Virgem vos espera’.
“Vesti-me depressa e me dirigi para o lado do menino que permanecera de pé. Eu o segui, sempre à minha esquerda.
“Por todos os lugares onde passávamos, as luzes estavam acesas, o que me espantava muito.
“Porém, muito mais surpresa fiquei quando entrei na Capela: a porta se abriu mal o menino a tocou com a ponta do dedo. E minha surpresa foi ainda mais completa quando vi todas as velas e castiçais acesos, o que me recordava a missa de meia-noite ....
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Nossa Senhora de Lourdes é Rainha e, portanto, Medianeira de todas as Graças.
Porque para Ela ser verdadeiramente Rainha, é preciso que Ela possa junto a Deus tudo quanto Ela quer.
É por esta forma que Ela governa o mundo.
Nossa Senhora tem uma natureza humana como a nossa. Então Ela, pela sua própria natureza, não tem mais poder sobre os astros ou sobre os homens, do que nós temos.
Por isso, para Ela ter o reinado de todo o universo, Ela ser a Rainha de todos os anjos, de todos os santos, de todos os homens, de todo o mundo material e dominadora terribilíssima e completa do demônio, Ela precisa ter a graça de Deus.
E Ela é Rainha porque é exatamente ponto de convergência de todas as graças de Deus.
A onipotência de Nossa Senhora tem sido muitas vezes chamada, e muito adequadamente, de onipotência suplicante.
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A seguinte carta foi escrita por Santa Bernadette no convento Saint Gildard de Nevers, em 17 de dezembro de 1876.
A santa já sofria o mal que a levaria deste mundo dois anos e quatro meses depois.
O Beato Pio IX também faleceu no muito depois: em 7 de fevereiro de 1878. Ele deixou a Terra em meio a grandes sofrimentos provocados pelos inimigos da Igreja que invadiram e usurparam os Estados Pontifícios, dos quais o Papa é rei.
Naquela data brilharam pelo seu heroísmo os zuavos pontifícios (tropa de elite de voluntários que defendiam o Papa), muitos dos quais morreram em combate defendendo o reino do Papa.
A eles se refere Santa Bernadette quando diz “há já alguns anos que eu me constituí pequeno zuavo”. Seu coração estava junto com aqueles bravos soldados que davam sua vida pela Igreja no campo de batalha.
Para os inimigos da Igreja Santa Bernadette tem essa frase de conteúdo profético que faz pensar em La Salette e Fátima: Nossa Senhora “se dignará colocar ainda mais uma vez Seu pé sobre a cabeça da serpente maldita, e dar assim um termo às cruéis provações da Santa Igreja e às dores de seu augusto e Bem-Amado Pontífice”.
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Nos jardins do Vaticano existe uma reprodução da Gruta de Lourdes.
Ela foi ali instalada mediante uma doação do bispo de Tarbes – diocese onde está Lourdes –, D. Francisco Xavier Schoepfer, ao Papa S.S. Leão XIII.
As duas personalidades religiosas estão retratadas em medalhões na fachada da Gruta, que foi desenhada pelo arquiteto dos Sagrados Palácios Apostólicos, Costantino Schneider.
Em 1° de junho de 1902 a gruta foi visitada pela primeira vez pelo Papa, na presença de numerosos Cardeais, Bispos e do público.
A construção foi financiada por uma coleta especial promovida pelos Missionários da Imaculada em todo o mundo católico.
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Em 1854, pela Bula Ineffabilis, o grande Papa Pio IX, hoje venerado nos altares como Beato, definia o dogma a Imaculada Conceição de Nossa Senhora.
Em 1858, de 11 de fevereiro a 16 de julho, Nossa Senhora aparecia dezoito vezes, em Lourdes, a uma filha do povo, Bernadette Soubirous, declarando ser a Imaculada Conceição.
A partir dessa ocasião, tiveram início os milagres. E a grande maravilha de Lourdes começou a brilhar aos olhos de todo o mundo, até nossos dias.
O milagre confirmando o dogma, eis em resumo a relação entre o acontecimento de 1854 e o de 1858.
O que, entretanto, é menos conhecido pelo grande público é a relação desses dois grandes fatos com os problemas dos meados do século XIX, tão diversos dos de hoje, mas ao mesmo tempo tão e tão parecidos com eles.
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No Terceiro Centenário de Nossa Senhora Aparecida
Existem devoções nacionais a Nossa Senhora, como é o caso de Aparecida, da mesma maneira que há grandes invocações que têm uma realeza entre as invocações de Nossa Senhora, como é o caso de Nossa Senhora do Rosário.
Quase não existe um país da Terra que não tenha uma grande devoção a Nossa Senhora e de que Ela não seja, debaixo de algum título, a Padroeira.
Também existem as invocações a Nossa Senhora das regiões e das cidades, como é, por exemplo, Nossa Senhora da Penha, em São Paulo.
E, às vezes, ainda há imagens de Nossa Senhora particularmente invocadas numa paróquia, numa parte de uma cidade, etc.
Há até famílias que têm uma devoção especial por alguma imagem de Nossa Senhora por alguma relação especial dEla com aquela família.
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Quantas e quantas vezes nós achamos que o dia que estamos vivendo é difícil! E muitas vezes é difícil mesmo! Tudo sai errado, nada dá certo.
Não há nada esperançoso no horizonte e o bem que aguardávamos não sai.
Esses são os dias, as horas, os minutos e até os segundos em que de modo especial temos que nos voltar para Nossa Senhora, com um pensamento, uma jaculatória, uma Ave Maria, um olhar, um nada!, dizendo do fundo da preocupação e da angústia: "Minha Mãe, em Vós confio! Aceitai esta minha dor como um oferecimento por alguma alma mais necessitada que Vós bem conheceis!"
Até os grandes santos passaram por esses dramas da vida quotidiana. Todos passam. A diferença está no modo de vê-los e agir.
Toda a família de Santa Bernadette passou um dia assim o dia da primeira aparição.
O 11 de fevereiro de 1858 foi uma jornada de problemas dolorosos para a família da Santa. Aliás, não se diferenciou muito dos outros de sua sofrida vida quotidiana.
Eles cairam na miséria. Tinham que viver no "cachot", a antiga cela da delegacia que tinha sido desafetada.
Francisco Soubirous saíra cedo à procura de um ‘bico’. Na casa não havia o que comer.
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Há dez anos, oito pescadores cambojanos encontraram uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes que tinha sido jogada no rio Mekong havia 33 anos.
A imagem mede 1,50 metros e pesa 160 quilos, informou o diário vaticano L'Osservatore Romano com data de 27 de maio de 2008, segundo foi noticiado na época.
O achado teria acontecido no dia 16 de abril desse ano segundo o blog vietnamita Asean Traveller.
A profanação ocorreu durante o genocídio perpetrado pela ditadura socialista de obediência chinesa.
Segundo o L’Osservatore Romano, os pescadores não souberam avaliar a importância religiosa da descoberta e venderam a imagem.
Mas os católicos que sobreviveram ao extermínio comunista logo intuíram o valor do providencial achado e ficaram com ela a troca de sete sacas de arroz.
Eles doaram a estátua à paróquia de Areaksat, conhecida como Nossa Senhora da Paz.
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Em Lourdes há coisas que os romeiros parecem não notar.
Tal vez seja, e nisso concordo, que o ambiente imponderável que a gente sente se aproximando da Gruta – e já de longe! – é tão suave, acolhedor, aconchegante, familiar e sobrenatural que a gente esquece tudo o resto.
Só depois de refletir muito é que a gente bate na testa e exclama: como não percebi isso antes!
Um exemplo: em Lourdes não há nada que não seja comum, normal, proporcionado à vida de uma pequena cidade do interior.
Lourdes foi uma aldeia – hoje é uma cidade – ao pé dos Pirineus que no inverno ficam belamente coroados de neve. Mas não são os magníficos Alpes, nem os grandiosos Andes.
A Gruta milagrosa é uma anfractuosidade aberta no morro quiçá pela correnteza do rio Gave que em épocas de enchente desce com violência.
Fora disso, nada especial. Até a água que faz milagres – já foi analisada inúmeras vezes – é boa água natural, potável, como brota de tantas minas d’água que há, por exemplo, no Brasil.
A grande festa de Lourdes se comemora em 11 de fevereiro e a festa de Santa Bernadette em 18 de fevereiro na França, e em 16 de abril alhures.
Desde 3 de agosto de 1925, o corpo intacto da Santa se encontra exposto numa urna de cristal na capela do convento de Saint-Gildard, na cidade de Nevers, França. A cidade fica na Borgonha, a 260 km ao sul-suleste de Paris.
Assim informa uma inscrição ao lado do corpo da Santa na mesma capela:
“O corpo de Santa Bernadette repousa nesta capela desde 3 de agosto de 1925.
Ele está intacto e “como se estivesse petrificado” segundo foi reconhecido pelos médicos juramentados e pelas autoridades civis e religiosas por ocasião das exumações de 1909, 1919 e 1925.
O rosto e as mãos, que escureceram no contato com o ar, foram recobertos com ligeiras camadas de cera, moldadas segundo os modelos recolhidos diretamente.
A posição inclinada para o lado esquerdo foi assumida pelo corpo no túmulo.”
Vejamos, entretanto, o que disseram os médicos responsáveis pelas perícias praticadas sobre o corpo da Santa nas diversas ocasiões mencionadas na inscrição.
Primeira exumação
Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado pela primeira vez e o corpo encontrado intacto.
Os Drs. Ch. David e A. Jordan, que conduziram esta primeira exumação, escreveram no relatório da perícia:
“O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos.
“Não notamos nenhum odor.
“O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadette. O Hábito estava úmido.
“Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos.
“A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos.
Santa Bernadette, foto (detalhe acima e conjunto)
tirada entre após a última exumação (18 de abril 1925)
e antes de ser guardada na urna atual (18 de julho 1925).
A santa faleceu em 16 de abril de 1879, 46 anos antes da foto.
“As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras [...]
“Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar.
“As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço.
“Os pés estavam enrugados e as unhas intactas.
“Quando o Hábito foi removido e o véu levantado de sua cabeça, pode se observar um corpo rígido, pele esticada [...]
“Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação [...]
“O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão.
“O joelho direito estava mais largo que o esquerdo.
“As costelas e músculos se observavam sob a pele [...]
“O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro [...]
“Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade.
Em 1919, dez anos depois da primeira exumação, realizou-se uma segunda exumação do corpo de Santa Bernadette, conduzida desta vez pelos Doutores Talon e Comte, com a presença do Bispo da cidade de Nevers, bem como do Delegado de Polícia e representantes da Prefeitura e da Igreja.
Santa Bernadette em seu velório, abril 1879, Nevers
A situação encontrada foi exatamente a mesma da primeira exumação.
Eis alguns excertos do relatório final do Dr. Comte, sobre esta segunda perícia:
“Deste exame, concluo que permanece intacto o corpo da Venerável Bernadette, esqueleto completo, músculos atrofiados, mas bem preservados; apenas a pele, que estava enrugada, pelos efeitos da umidade do caixão.[...]
“O corpo não estava em putrefação nem decomposição, o que seria esperado como normal, após quarenta anos de seu sepultamento.
Por fim, a 18 de novembro de 1923, Sua Santidade o Papa Pio XI assinou decreto reconhecendo a heroicidade das virtudes de Bernadette.
Após a beatificação da Santa, foi efetivada uma terceira exumação em 12 de Junho de 1925. O objetivo era a retirada de “relíquias” de seu corpo. A canonização viria oito anos mais tarde, em 1933.
Sobre esta última exumação, escreveu o Dr. Comte em seu relatório, em termos forenses que por vezes espantam aos leigos, mas que nos permitem medir com exatidão o grau da incorruptibilidade do corpo da vidente de Lourdes:
Santa Bernadette morreu sentada nesta poltrona,
museu de St-Gildard, Nevers
“Eu queria abrir o lado esquerdo do tórax para retirar algumas costelas e então remover o coração, o qual eu tinha certeza que estaria intacto.
“Porém, como o tronco estava levemente apoiado no braço esquerdo, haveria dificuldade em ter acesso ao coração.
“Como a Madre Superiora expressou o desejo de que o coração de Santa Bernadette não fosse retirado, bem como também este era o desejo do Bispo, mudei de ideia de abrir o lado esquerdo do tórax e apenas retirei duas costelas do lado direito, que estavam mais acessíveis.
“O que mais me impressionou durante esta exumação foi o perfeito estado de conservação do esqueleto, tecidos fibrosos, musculatura flexível e firme, ligamentos e pele após quarenta e seis anos de sua morte.
“Após tanto tempo, qualquer organismo morto tenderia a desintegra-se, a se decompor e adquirir uma consistência calcária.
“Contudo, ao cortar, eu percebi uma consistência quase normal e macia.
Naquela época foi confeccionada a urna de cristal que guarda o corpo de Santa Bernadette.
As freiras cobriram seu rosto e as mãos com uma camada fina de cera.
Urna com o corpo de Santa Bernadette em Nevers
A urna se encontra hoje numa bela capela fora da clausura para que possa ser visitada.
O corpo milagrosamente preservado de Santa Bernadette encoraja os visitantes a imitarem a vida de Santa Bernadette e levarem a sério as mensagens transmitidas pela vidente da Imaculada Conceição.
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Maria Santíssima é desconhecida; Maria Santíssima deve ser conhecida; e, sendo conhecida, virá o reino de Cristo.
Em Lourdes Nossa Senhora veio instalar uma fonte extraordinária e ininterrupta de graças própria para propagar a devoção a Ela.
E por esse modo promover possantemente a vinda o reino de Cristo.
Trata-se, portanto, de uma intervenção maternal de larga visão e de alcance histórico muito amplo, fixando-se no desejo de trazer o reino de Cristo.
Pois, infelizmente, no mundo não possui a paz de Cristo no reino de Cristo. Até pelo contrário...
Mas Nosso Senhor quis enviar sua Santíssima Mãe na frente, e fazer preceder seu reinado pelo reinado de Maria Santíssima nas almas.
E isto é dito em certo sentido apenas, pois o reinado de Nossa Senhora nas almas implica ipso facto o reinado de Cristo nas mesmas almas. Pois onde está a Mãe esta o Filho.
O grandíssimo apóstolo da devoção a Nossa Senhora São Luís Grignion de Montfort explica isso em seu Tratado da Verdadeira Devoção:
“Foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo”, isto é, se Maria Santíssima não tivesse vindo ao mundo, Jesus Cristo não teria vindo;
“e é também por meio d'Ela que Ele deve reinar no mundo”, ou seja, a devoção a Jesus Cristo deve vir ao mundo por intermédio de Maria Santíssima.
Espalhar a devoção a Maria Santíssima é, pois, nesta perspectiva, a maior obra a que um homem pode se dedicar.
E isso só justificaria a devoção a Nossa Senhora de Lourdes.
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Quando os senhores abrem os olhos nesse mundo aqui em volta, prestam a atenção como é a natureza humana decaída pelo pecado original.
Então, os senhores compreendem que os atos de abnegação estão muito longe da natureza humana.
Eles causam ao egoísmo humano um tal horror, que na aceitação da dor há um milagre maior do que todas as curas que se fazem em Lourdes.
Isto mostra bem qual é a intenção de Nossa Senhora nas curas de Lourdes: é a de produzir esses milagres de caráter espiritual, moral que levam as almas para o céu.
O quê é que seria Nossa Senhora, se Ela aparecesse em Lourdes para fazer bem para os corpos que perecem, e não para as almas que não perecem?
E qual seria o maior desejo desse amor dEla aos homens, a não ser o principal objetivo de leva-las para o amor de Deus? Porque nada de melhor para os homens se pode desejar.
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A palavra família indica uma pluralidade de pessoas.
Mas há outra palavra, de especial significado, que indica uma só pessoa: mãe.
Mãe é a quintessência da família, porque é a quintessência do amor, a quintessência do afeto; e, nessas condições, a quintessência da bondade e da misericórdia.
Assim, a alma da criança em contato com a mãe começa a compreender o que é a bondade que não se cansa, o que é a graça, o favor, o amor que não se exaure.
E também aquela forma de afeto que inclina a mãe a jamais achar tedioso estar com o filho.
Carregar seu filho nos braços, brincar com ele, soltá-lo no chão, vê-lo correr de um lado para outro, ser importunada por ele incontáveis vezes durante o dia com perguntinhas, com brinquedinhos.
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A fisionomia e a personalidade de Santa Bernadette corresponde ao tipo do plebeu digno, altivo de sua qualidade de criatura humana incorporada misticamente a Nosso Senhor Jesus Cristo pelo batismo, mas satisfeito em sua modesta condição.
Nas fotos, aparece com suas roupas de camponesa. Ela está vestida com decência e sensata simplicidade.
No todo se nota uma compostura que, mais do que no traje, se patenteia no olhar sereno, firme, profundo, puro e equilibrado até o mais alto grau.
Seu nome enche o seu século, perpetuou-se no nosso, e brilhará enquanto o mundo for mundo.
No Céu os Anjos o cantam com louvor. Bernadette Soubirous foi incluída pelo Papa Pio XI no rol dos Santos!
Ela não é burguesa, não quer ser burguesa, não quer parecer burguesa, e nem quer extinguir a burguesia.
Mas poucas burguesas, poucas Princesas até, tem tanta dignidade e decoro pessoal.
“À tarde, conduziram-me de maca à cerimônia de encerramento da peregrinação. Lá, fui dominado por uma vontade irrefreável de me levantar e de caminhar. Mas, vendo em torno de mim todos os outros doentes de maca, tive medo de chocá-los. Desde aquele momento, decidi agir discretamente”.
“Naquela noite fui acordado delicadamente. Senti que alguém me tocava. Julguei que era a enfermeira da noite, que queria colocar-me o cobertor. Então acordei e não vi ninguém. Ouvi o sino da Basílica tocar três vezes. Mais tarde, interroguei a enfermeira sobre o fato, mas ela disse não se lembrar de me ter coberto durante a noite...
“Comecei então a relembrar todos os acontecimentos da peregrinação, quando me veio uma idéia inesperada, e que se apresentou a meu espírito como uma ordem, um convite: 'Levanta-te e caminha!' Eu julgava estar imaginando coisas; além disso, levantar-me em plena noite, quando eu não tinha nenhuma necessidade! Eu estava bem aconchegado e não sentia nenhum incômodo... Virava-me na cama, tentando afastar essa idéia de meu espírito. Fechei os olhos, tentando voltar a dormir. Mas era impossível. O apelo voltava, mais insistente, mais premente que a primeira vez. Tudo isso me deixava mal à vontade... Virava-me e revirava-me no leito... O apelo tornou-se firme. O que eu ouvia não eram palavras, mas era como se alguém me falasse sem dizer palavras. É difícil explicar. 'Vamos, levanta-te, é a hora, caminha!'” ( )
Sem dúvida, em cada caso as impressões variam muito em função das doenças e das situações.
Contudo, a descrição de um dois últimos milagres de Lourdes oficialmente reconhecido pela Igreja chega até nós com detalhes que arrepiam, comovem e inspiram uma reflexão.
Em 1987, Jean-Pierre Bély era um paraplégico em fase terminal. Hoje esbanja saúde. Ele descreveu sua miraculosa cura nos mínimos detalhes, com uma singeleza tocante.
Bély mora em La Couronne, perto de Angoulême, no interior da França. Na entrada da sua casa, uma gruta de Lourdes em miniatura recebe o visitante.
A mobília é discreta e tradicional, típica da pequena burguesia provinciana. Há uma imagem de Nossa Senhora e duas fotos: uma de Santa Bernadette e outra de Santa Teresinha. Tudo está arranjado despretensiosamente.
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O que sente o doente quando é objeto de um milagre em Lourdes?
Uma consolação? Uma luz? Uma dor? O leitor já imaginou?
De modo geral, na hora do milagre os beneficiados percebem sensações características. A mais citada é a “de um calor desacostumado que toma conta do corpo”.
Frequentemente os miraculados mencionam dores muito agudas, como Jeanne Gestas, que teve uma “sensação de que algo lhe era arrancado”.
Os milagres acontecem de modo imprevisível a pessoas de todas as idades e condições. Mais frequentemente é por ocasião do uso da água de Lourdes — bebendo-a ou banhando-se nela — ou em cerimônias litúrgicas tradicionais, como a bênção do Santíssimo Sacramento aos enfermos.
A grande maioria dos milagres reconhecidos ocorreu em Lourdes, mas houve curas — também reconhecidas — em outros continentes, de pessoas que recorreram à água da Gruta.
Um caso típico em Lourdes foi o de Théa Angele, jovem alemã atingida por arteriosclerose em placa, que chegou quase moribunda a Lourdes em 17 de maio de 1950.
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Quanto mais difícil parecer que o humanamente improvável vai acontecer tanto mais o fiel com Fé verdadeira faz um ato de confiança em Nossa Senhora.
Em Lourdes, trens inteiros descem com doentes.
Famílias, amigos, todos juntos, auxiliados por perto de 60.000 voluntários, se revezam; médicos e enfermeiros carregam os doentes até a Gruta.
Depois, enquanto alguns vão ao bureau médico, outros visitam os locais ligados a Santa Bernadette e à história das aparições.
Todos, na medida do possível, participam da procissão das velas e da Bênção do Santíssimo Sacramento, e tomam o banho recomendado por Nossa Senhora nas piscinas especialmente habilitadas para isso.
Vamos dizer que, em cada dez mil dos que se banham na água de Lourdes, um é curado.
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Santa Maria, Mãe de Deus, Virgem Imaculada, que apareceste 18 vezes a Bernardete na Gruta de Lourdes para recordar aos cristãos as maravilhas e as exigencias do Evangelho, ensinando a oração, a penitência, a Eucaristia e a vida dentro da Igreja.
Para poder responder melhor a vosso chamado me consagro a vosso Filho Jesus por intermedio de Vos as mãos.
Fazei me dócil a seu Espírito; e pelo fervor de minha fé, pela transparência de toda minha vida por minha dedicação ao serviço dos enfermos, que eu trabalhe para Vós, ajudando aos mais necessitados para a reconciliação dos homens, para a unidade da Igreja e para a paz do mundo.
Com o coração aberto, Mãe minha, te dirijo esta oração rogando que a recebas e as dê vossa aprovação.
Bendita seja a Santa e Imaculada Concepção da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus.
Oh! Maria concebida sem pecado rogai por nós que recorremos a Vós
Imagem de Santa Bernadette no convento de Nevers. Luis Dufaur Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sóc...
Sinos da Basílica de Lourdes
Todos os sinos da Basílica
Ave-Maria de Lourdes
INSCREVA-SE
O milagre da conversão do emir islâmico de Lourdes
Em 778, Carlos Magno, o invencível Imperador cristão, com seus francos cercou a fortaleza de Lourdes e tentou conquistá-la pela fome. Ela estava nas mãos de Mirad, um emir muçulmano. O rochedo era virtualmente inconquistável, salvo pela fome.
Quando a cidadela ia cair aconteceu um estranho prodígio: uma águia trouxe um peixe fresco no bico. O astuto emir enviou o peixe a Carlos Magno para fazer crer que a fortaleza tinha viveres para resistir por muito tempo...
O santo bispo de Puy percebeu a cilada do demônio. E decidiu subir ele próprio ao rochedo para falar com o indômito e desafiante líder do Islã...