domingo, 24 de dezembro de 2023

Santo Natal e Feliz Ano Novo !



Natal junto ao Presépio com o coração transpassado de dor



quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Coroa do Advento:, o nascimento de Jesus se aproxima

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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Entre os muitos costumes do Natal cujas origens nem muitos sabem, figura a de montar uma coroa de galhos de pinheiro – ou equivalente – ornada com flores, frutas, bolas, fitas, muita imaginação e o mais importante: quatro velas.

Trata-se da “Coroa do Advento”.

A palavra Advento vem do latim adventus e significa “vinda” ou “chegada”.

O período litúrgico do Advento foi instituído pelo Papa São Gregório I Magno para preparar os fiéis para a vinda de Cristo.

O Advento começa quatro domingos antes do Natal e marca o início do ano litúrgico.

No século XVI na Alemanha apareceu o costume de montar a Coroa de Advento para ir marcando os domingos que faltavam até o Natal.

Em cada domingo acendia-se uma das velas, de maneira que quando todas estivessem acessas o Natal era iminente.

Também em muitas famílias ou igrejas se acrescenta no centro uma grande vela branca. Essa quinta vela é acessa na Noite de Natal.

Na Alemanha há muitas variantes em torno da ideia central e tradicionalmente as velas são vermelhas, que é a cor do fogo da graça e da Luz que o Menino Jesus vem trazer ao mundo.

Porém, na Suécia, elas são brancas para evocar a pureza da festa e, na Áustria são roxas, cor litúrgica do Advento, e simbolizam a penitência que nos prepara para bem receber o divino Redentor. Fonte.



“Rorate Caeli”: sublime canto gregoriano nos prepara para o nascimento de Jesus




Veja mais sobre o Rorate Caeli, letra, significado, etc.



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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

As aparições de Lourdes: clarinada do Reino de Maria

Nossa Senhora é a onipotência suplicante: tudo o que Ela pede, Deus dá. Mas, se alguém pedir fora dEla, inclusive os Anjos e os Santos, Deus não dá.
Nossa Senhora é a onipotência suplicante: tudo o que Ela pede, Deus dá.
Mas, se alguém pedir fora dEla, inclusive os Anjos e os Santos, Deus não dá.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Acho que dos muitos aspectos da devoção a Nossa Senhora de Lourdes, um me parece que tem sido insuficientemente acentuado, e é o seguinte: os senhores sabem que para o Reinado de Maria, uma verdade fundamental é a Mediação Universal de Nossa Senhora.

Porque para Nossa Senhora ser verdadeiramente Rainha, é preciso que possa junto a Deus tudo quanto Ela queira, pois é por esta forma que Ela governa o mundo.

Pela natureza humana de Nossa Senhora, que é a mesma que a nossa, Ela não tem mais poder sobre os astros do que nós homens temos.

De maneira que, para ter o reinado de todo o universo, para ser a Rainha de todos os Anjos, a Rainha de todos os Santos, a Rainha de todos os homens, a Rainha de todo o mundo material e dominadora terribilíssima e completa do demônio, Ela precisa ter a graça de Deus.

E Ela é Rainha exatamente enquanto ponto de convergência de todas as graças de Deus.

Nossa Senhora é Rainha porque todos os pedidos
e todas as graças passam por Ela
A onipotência de Nossa Senhora tem sido muitas vezes e muito adequadamente chamada “onipotência suplicante”, porque é por meio da súplica que Ela pode tudo.

Pois Ela pode tudo junto Àquele que é onipotente, e por isso é Rainha.

Portanto, o reinado de Nossa Senhora é o reinado das súplicas que Ela faz, do valor das orações que Ela oferece.

A realeza de Nossa Senhora está numa conexão íntima com o fato de ser o canal de todas as graças.

É Rainha de tudo porque todas graças dadas aos homens são concedidas por Suas mãos.

Todos os pedidos que os homens fazem são apresentados por meio d’Ela. Se todos os santos e Anjos do Céu pedissem algo que não fosse por meio d’Ela, não obteriam.

Ela sozinha pedindo, sem nenhum deles, obtém!

De tal maneira o foco da predileção divina se concentrou por inteiro n’Ela.

E parte depois para toda a criação. Há, portanto, uma espécie de correlação íntima entre uma coisa e outra.

As aparições de Lourdes são as mais célebres de uma série de outras aparições de Nossa Senhora no século XIX.

Tais aparições culminam com Fátima (em 1917), com a afirmação do Reinado de Maria.

As de Lourdes são como que – em meio às densas trevas atuais – pontos alvos anunciando que o Reino de Maria virá, constituem uma clarinada do Reino de Maria.



(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira. Excertos de palestra pronunciada em 4 de fevereiro de 1965. Sem revisão do autor)




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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Lourdes: como se constata um milagre científicamente

Luis Dufaur
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Para o processo de reconhecimento médico de um milagre foi instituído em Lourdes um Bureau Médico.

Esse Bureau tem sede no próprio santuário e está sempre à disposição de quem se apresente. Fazem parte dele médicos de todas as especialidades, católicos ou não católicos.

Qualquer médico presente no santuário pode assistir à verificação de cura que esteja sendo feita.

O fiel que se julga beneficiado pode se apresentar no Bureau. Nessa ocasião é elaborada uma ficha clínica do caso e feito um primeiro reconhecimento médico.

No momento de se apresentar ao Bureau, é fundamental que o interessado vá acompanhado da documentação que comprove o estado da doença antes da cura (resultados de exames, atestado médico sobre a natureza e gravidade da doença etc.).

Milhares de casos não foram aceitos para estudo por carência desse tipo de documentação, apesar de parecerem verdadeiros milagres.

Quando o Bureau julga — à luz dos documentos e da análise in loco — que o caso tem características extraordinárias, o interessado é convidado a voltar dentro de um ano, para verificar se a cura é durável.

Houve casos de fiéis que voltaram até vários anos consecutivos para conferir que a cura era definitiva.

Quando os médicos do Bureau, após atento exame, se pronunciam pela inexplicabilidade da cura, todo o dossiê é encaminhado a uma segunda instância: o Comitê Médico Internacional de Lourdes — CMIL.

O CMIL é inteiramente independente e nem sequer tem sede em Lourdes.

Ele revisa todos os dados, pode proceder a novas investigações e análises, e até ao exame da pessoa curada, ou consultar especialistas alheios ao Comitê.

Satisfeitas todas as exigências, os membros do Comitê devem responder a uma série de 16 perguntas, que não deixam margem a objeção alguma sobre a natureza da cura.

Por fim, devem responder “sim” ou “não” à pergunta: “A cura constatada em ....... constitui, nas condições em que aconteceu ou se mantém, um fenômeno contrário às observações e às previsões da experiência médica, sendo cientificamente inexplicável?”.

Caso pelo menos dois terços votem pelo sim, o dossiê com o parecer final é encaminhado para o Bispo da diocese do miraculado, para eventual proclamação canônica. O processo todo costuma durar anos.


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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Em São Paulo,
elo de ouro entre Lourdes e o Brasil

Imagem de Na. Sra. de Lourdes
venerada na Igreja do Sagrado Coração de Jesus,
em São Paulo, bairro Campos Elísios.
[Foto Paulo Roberto Campos] 
Luis Dufaur
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Nossa Senhora de Lourdes desejou ser conhecida enquanto sumamente benfazeja.

Assim, sugiro pensarmos numa grande graça para pedir a Ela.

Devemos ser ousados em nossas orações, pedir coisas arrojadas, não coisas insensatas, e pedir com muita insistência.

Por exemplo, pedir uma graça que diga respeito à santificação, e depois algo que se queira de temporal, mas que Ela nos conceda se for para o bem de nossas almas.

Isso nos leva a refletir no panorama de nossa vida espiritual, a ter uma visão de nós mesmos e de nossas atividades.

Na igreja do Sagrado Coração de Jesus [na capital paulista] há uma gruta com uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes.

Não é uma imagem qualquer, é a própria imagem que era venerada na Basílica de Lourdes, na França, antes da imagem atual, segundo documento guardado na igreja.

Portanto, essa imagem constitui um elo entre Lourdes e o Brasil.

Nunca devemos nos esquecer de que no Evangelho as doenças do corpo são tratadas como sendo símbolos de doenças da alma.

Assim como alguns sofrem paralisia do corpo, outros sofrem paralisia de alma; alguns sofrem de cegueira no corpo, outros na alma; surdez, mudez e outras enfermidades.

Se tivermos defeitos de alma que desejamos corrigir, seria o momento adequado de os levarmos àquela gruta de Nossa Senhora de Lourdes e pedir a Ela que nos cure.

Cópia da autêntica da imagem. [Foto Paulo Roberto Campos]
Cópia da autêntica da imagem.
[Foto Paulo Roberto Campos]
Isso tem muita razão de ser, pois se a Virgem Santíssima deseja tanto curar corpos perecíveis e mortais, quanto mais desejará curar almas imperecíveis e imortais.

Nosso Senhor Jesus Cristo não veio à Terra para salvar corpos, veio para salvar almas.

Nossos pedidos não podem deixar de ser muito gratos a Ela.

Pedidos feitos para nós ou por outrem; por alguém a quem desejamos fazer um bem; por uma alma cujas dificuldades nos amedrontam; por um amigo cujas aflições, tentações ou perigos constituem para nós uma fonte de preocupação.


(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excerto de conferência em 10.02.1965, sem sua revisão, apud CATOLICISMO, fevereiro 2018)
 
 

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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Santa Bernadette, maravilha de santidade

Luis Dufaur
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O historiador eclesiástico Rorbacher escreveu a respeito de Santa Bernadette, virgem, a quem Nossa Senhora apareceu em Lourdes:

“Bernadette Soubirous era uma criança em tudo igual às outras. Nela só se destacavam a expressão do olhar de invulgar inocência”.

“Na primeira aparição, Bernadette só pode fazer o Sinal da Cruz depois que Nossa Senhora o fez. Mas segundo numerosas testemunhas, depois dessa visão, em toda a vida de Bernadette, seu Sinal da Cruz era inigualável e realmente inesquecível. Um sinal inimitável, pois a vidente o aprendera com a Santíssima Virgem.”

“Uma ocasião, no convento, insistiam com a Irmã Bernarda para que dissesse como era o vestido com o qual Nossa Senhora lhe aparecia. Uma das religiosas dizia que era desta fazenda, outra, daquela.

“Respondeu-lhe Bernadette: `Eu não disse que o vestido era disso ou daquilo. Era de um pano que nunca vi. Ademais, se querem saber tanta coisa, fazei Nossa Senhora voltar outra vez e vede bem'“.

“Grande era sua humildade. Quando alguém a procurou certa vez para que dissesse algumas palavras de edificação às noviças, respondeu sorrindo: 'Ai, nada sei. O que se pode arrancar de uma pedra, minha Irmã?'

“Perguntou-lhe sua superiora se não se sentia orgulhosa por ter sido escolhida por Maria para lhe ser a confidente.

“Respondeu: ‘Que ideia a senhora faz de mim? A Santíssima Virgem escolheu-me porque eu era a mais ignorante. Se Ela achasse uma outra mais ignorante do que eu, ter-lhe-ia escolhido certamente’.“

“Os contínuos sofrimentos e vômitos de sangue aniquilavam lentamente a vidente. Seu aspecto físico demonstrava esse aniquilamento e a santa, ao lado disso, buscava apagar-se no convento.

“Conseguiu-o de tal maneira que uma postulante, ao entrar para o convento, declarou que queria conhecer Bernadette, Justamente quando ela passava no momento, a mostraram.

“E a santa disse: “Bernadette, é isto” ( Bernadette, c'est ça).”

Quando a gente lê uma vida dos santos, a gente fecha o livro: Que grande santo! Porque o santo é uma tão grande coisa que sempre a gente diz: eu não pensava que isto existisse.

Realmente, qualquer santo é uma maravilha única e é uma surpresa inesperada, desde que a vida do santo seja bem descrita.

(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, Santo do Dia — 15.4.66)


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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

O último suspiro de Santa Bernadette

Santa Bernadette: corpo incorruto em Nevers
Santa Bernadette: corpo incorruto em Nevers
Luis Dufaur
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A noite de 15 a 16 de abril de 1879 foi a última de Santa Bernadette neste vale de lágrimas. Ela tinha 35 anos de idade.

Por volta das 11 horas da manhã ela quis se levantar. As religiosas a colocaram sobre uma poltrona.

Nessa hora ela ouviu o sino chamando as freiras para o almoço e pediu-lhes perdão por fazê-las atrasar.

Ela olhava sempre para um crucifixo fixado na parede.

Entre meio-dia e uma hora ela tentou comer alguma coisa, mas não conseguiu.

“Seu estado de extrema debilidade me impressionou... Eu achei que era meu dever alertar a enfermeira e chamar a comunidade” – disse a Madre Josefina Forestier.

O Pe. Febre veio logo, confessou-a de novo e recitou com ela a Oração dos Agonizantes. Ela respondia “com uma voz débil, mas clara”.

O sacerdote lembrou-lhe as palavras bíblicas do “esposo divino”:

— “Cola-me como um selo sobre teu coração” (Cântico 8,6).

Tomando o crucifixo ela o colocou sobre o coração, apertando-o com força. Como ela queria que o mesmo ficasse sempre nesse local, amarraram-no com uma fita para evitar que caísse devido aos movimentos involuntários causados pela dor.

Por volta de duas horas e quinze, uma das religiosas lhe perguntou:

— Minha irmã, vós sofreis muito?

— Tudo isso é bom para o Céu – respondeu Bernadette.

Enfermaria do convento onde faleceu Santa Bernadette
Enfermaria do convento onde faleceu Santa Bernadette
— Vou pedir a Nossa Mãe Imaculada que vos conceda consolações – disse a religiosa.

— Não, respondeu a agonizante, consolações não, mas força e paciência.

Naquele momento, Santa Bernadette lembrou-se da bênção que o Beato Papa Pio IX lhe tinha concedido para a hora da morte. Ela queria ter o papel nas mãos para recebê-la efetivamente.

Foi-lhe lembrado que isso não era necessário, bastando apenas a intenção de recebê-la pronunciando o nome de Jesus.

Nesse momento ela tentou se levantar um pouco, e apoiando a mão direita sobre o braço da cadeira, elevou o olhar para o céu e levou a mão esquerda à testa.

Seus olhos tinham uma expressão comovedora e ficaram voltados durante alguns instantes para um ponto fixo. As feições de seu rosto transmitiam calma, serenidade e, ao mesmo tempo, uma gravidade melancólica.

Poltrona sobre a qual expirou a Santa
Poltrona sobre a qual expirou a Santa
Então, com um tom de voz indefinível, manifestando mais surpresa que dor, e com uma expressão crescente, ela soltou uma tríplice exclamação:

— Oh! Oh! Oh!

E um frêmito percorreu todo seu corpo.

Faltando 5 minutos para as 15 horas, o sino tocou para as ladainhas que a comunidade recita todos os dias na capela.

Santa Bernadette disse que queria descansar um pouco. O confessor e as religiosas se retiraram.

Uma acompanhante disse:

— A Santa Virgem vai descer ao vosso encontro.

— Ah sim! Eu espero.

Por volta das 15 horas, ela pegou seu crucifixo, contemplou-o por um instante com amor, e depois beijou lentamente, uma por uma, as chagas de Cristo.

Bernadette uniu-se de novo às orações das religiosas que estavam em volta dela. Em certo momento ela repetiu duas vezes:

— Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecadora.

Alguns instantes depois, ela pediu para beber água. 

Com um gesto expressivo, fez um grande sinal da Cruz, pegou a garrafinha com uma bebida fortificante que lhe foi oferecida, engoliu duas vezes algumas gotas, e inclinando a cabeça entregou suavemente sua alma.


Sóror Gabriela, a enfermeira, entrou nesse instante.

— Eu cheguei exatamente na hora para receber seu último suspiro, que ela exalou muito suavemente, apoiada em meu braço. Ela segurou o crucifixo com a mão, apertando-o sobre seu coração. E inclinando-se para a direita, fechou os olhos.


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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Lourdes, o dogma e os milagres em breve síntese

Nossa Senhora manda a Santa Bernadette cavocar a terra e procurar água. Vitral da basílica de Lourdes.
Nossa Senhora manda a Santa Bernadette cavocar a terra e procurar água.
Vitral da basílica de Lourdes.
Luis Dufaur
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Em 1854 Pio IX definiu o dogma da Imaculada Conceição, o qual teve um alcance tremendo.

Primeiro, foi uma afirmação da monarquia papal, numa época em que todas as monarquias começavam a se desagregar.

Por quê? Porque o Papa não reuniu um Concílio para promulgar esse dogma; ele consultou os Bispos e depois promulgou o dogma em nome próprio, e não em nome dos bispos.

Segundo, definir Nossa Senhora como concebida sem pecado original era afirmar uma prodigiosa superioridade d’Ela sobre todos os homens, e, portanto, tomar uma posição muito anti-igualitária.

Terceiro, foi um dogma que enfureceu ainda mais os protestantes em relação à Igreja.

Os protestantes quase todos negam o culto a Nossa Senhora. Vendo a Igreja requintar esse culto, sua revolta tornou-se maior e evidentemente mais inexplicável.

Quarto, foi um tremendo esmagamento do demônio, pois para ele foi uma humilhação tremenda ver definida como dogma a superioridade de Nossa Senhora como Rainha concebida imaculada sem sombra de pecado.

Em 1858 houve uma das maiores intervenções da Providência na História: Santa Bernadete Soubirous recebeu as revelações de Lourdes e começaram as curas no local.

Primeiro: Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadete dizendo que Ela era a Imaculada Conceição. Portanto, confirmação estrondosa do dogma.

Segundo: começam os milagres que confirmam a aparição e o dogma.

Terceiro: o século XIX foi talvez o apogeu do ateísmo na Europa Ocidental. Os milagres tiraram a face do ateísmo: “aqui está tal cura, agora se explique”. Tampou a boca dos ateus, dos protestantes e dos negadores do sobrenatural.



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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Nossa Senhora não estará batendo
nas portas de minha alma?

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Quantas vezes Nossa Senhora bateu nas portas de minha alma?

Provavelmente não foi num momento só, mas foi numa série de ocasiões.

Também provavelmente não foi apenas num momento definido, mas em momentos indefinidos, em que eu não estava prestando bem atenção, ou não estava esperando, etc.

Mas Nossa Senhora convidou minha alma a aceitar a graça, como a mãe que puxa a criancinha que não entende bem; várias vezes, muitas vezes, até que eu me dei conta de que a Igreja Católica era divina.

Mas, percebendo-a divina, amei-a muitíssimo!

E nesse momento eu compreendi implicitamente a invencibilidade dela.

E, no implícito do implícito, Ela patenteou que não poderia ser destruída, nem podia perder essa batalha colossal que fazem hoje contra Ela.

Daí Nossa Senhora comunica a certeza de que terá de vir uma vitória tão grande da Igreja, maior do que é atualmente a desgraça.

Essa mensagem palpita em Lourdes: Nossa Senhora, Mãe da Igreja, vencerá. Vencerá o caos que a gente sente em volta e talvez até dentro.


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quarta-feira, 19 de julho de 2023

Paradoxo em Lourdes: muitos milagres reconhecidos pela ciência e poucas proclamações canônicas

Alice Couteault: um dos milagres estudados e aprovados
Alice Couteault: um dos milagres reconhecidos
e canonicamente aprovados
Luis Dufaur
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Até 1998, 6.772 casos foram julgados “inexplicáveis”. Mas só 68 foram reconhecidos oficialmente pela Igreja.

O mais recente reconhecimento aconteceu em 11 de fevereiro de 2018, na pessoa da irmã Bernadette Moriau, da diocese de Beauvais, França, curada em 11 de julho de 2008.

Tais cifras são como “a árvore que oculta a floresta que há por trás”, segundo um ditado francês.

Com efeito, muitas pessoas não sabem que existe o Bureau Médico, não se apresentam e nenhuma apuração pode ter lugar.

Muitas outras não conservam, ou não tiveram a documentação médica que serve para documentar o milagre ou, ainda, não podem voltar nos anos seguintes para os exames indispensáveis.

Um número ainda maior é objeto de curas que os beneficiados têm certeza de serem sobrenaturais. Mas as doenças não têm características ou proporções para serem apresentadas ao Bureau.

Por exemplo, mau funcionamento de órgãos, distúrbios neuro-vegetativos ou psiquiátricos.

Maior ainda é o número de males de tipo espiritual ou moral, casos que não são suscetíveis de análise médica.

Ainda mais vasto é o leque dos favorecidos com graças que resolvem problemas de índole familiar, afetiva, profissional, econômica etc., que não entram no âmbito da medicina.

A crise da Igreja e a “pusilanimidade” freiam muitos reconhecimentos

Pode-se perguntar: havendo mais de seis mil casos certificados como inexplicáveis, por que apenas 70 foram reconhecidos pela Igreja?

Em 1862 — isto é, quatro anos após as aparições — foram proclamados sete milagres, mas depois houve silêncio até 1907.

Esse período foi marcado por governos ateus ou anticlericais na Franca. O Prof. Yves Chiron no livro “Enquête sur les miracles de Lourdes” (“Inquérito sobre os milagres de Lourdes”, Ed. Perrin, Paris, col. Synthèses historiques, 2008) julga que os bispos naquela circunstância histórica deixaram-se levar pela “pusilanimidade”.

Tinham medo de “ofender” governos que impulsionavam a Revolução anticristã declarando publicamente a veracidade dos milagres.

São Pio X estimulou os bispos a reconhecerem os milagres
São Pio X estimulou os bispos a reconhecerem os milagres
Tal situação cessou com São Pio X.

Este Papa, consciente do dever de todo Vigário de Cristo, deu mais uma prova de sua prudência e determinação.

Incitou corajosamente os Bispos franceses a reconhecerem os milagres, de preferência em cerimônia de grande aparato e edificação para os fiéis.

Foi assim que entre 1907 e 1913 ocorreram 33 proclamações, a metade de todas as havidas em quase 150 anos de milagres.

Porém, com a morte do Pontífice santo, o “desinteresse dos Bispos” provocou um novo “silêncio da Igreja”, segundo Chiron.

A omissão abrandou-se um pouco no fim do espantoso cortejo de catástrofes, com dezenas de milhões de mortes, da Segunda Guerra Mundial.

A partir de 1946 houve reconhecimentos eclesiásticos, embora a conta-gotas. Mas cessaram em 1965, ano de encerramento do Concílio Vaticano II.

“Bom número de Bispos tem podido julgar as proclamações de milagres como 'inaptas pastoralmente', considerando o espírito dos tempos pós-conciliares”, conclui o Prof. Chiron.

Entretanto, merecem menção duas felizes exceções: uma em 1976 e outra em 1978. Depois, o deserto de proclamações continuou até 1999, quando o Bispo de Angoulême (França) reconheceu canonicamente o caráter autêntico de uma cura.

E ainda mais recentemente duas na Itália e uma na França. Sem dúvida muito pouco considerando os milhares de processos científicos declarando que as curas foram inexplicáveis segundo as ciências humanas.

Chiron registra uma tendência, entre altos eclesiásticos, de tratar a palavra milagre como se fosse proibida. Em seu lugar, utilizam-se fórmulas pouco claras para o comum dos fiéis ou que diminuem a importância da cura milagrosa.


Leia na coluna da esquerda, um por um, todos os milagres reconhecidos.



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quarta-feira, 5 de julho de 2023

Milionário atribuiu seu sucesso
a Nossa Senhora de Lourdes

O Padre Nicola Ventriglia Omi, mostra fotos de Michele Ferrero no Santuário de Lourdes
O Padre Nicola Ventriglia Omi, mostra fotos de Michele Ferrero
no Santuário de Lourdes
Luis Dufaur
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No dia de São Valentim, faleceu o mais bem-sucedido empresário de doces e bombons da Itália.

Nascido em 1924, Michele Ferrero possuía uma fortuna calculada em 20,5 bilhões de euros, a maior do país e a quarta da Europa.

Embora megamilionário, Ferrero era muito diferente do “jet-set”: um ativo devoto de Nossa Senhora de Lourdes, a quem atribuía a vertiginosa ascensão de sua empresa, segundo a Fundação Cari Filii.

Esse filho de chocolateiros da pequena cidade de Alba não se fez rico com malabarismos ou manobras confusas.

Ele continuou com a tradição familiar, aplicando muito trabalho e inteligência, mas depositando suas esperanças em Nossa Senhora.

Em 1964, melhorando uma fórmula de seu pai, Ferrero criou Nutella. Lançou também o ovo de chocolate Kinder e as linhas Ferrero Rocher e Mon Cheri.

Sua empresa vendia o equivalente a oito bilhões de euros por ano, sendo superada somente pela Nestlé, que possui um leque muito mais vasto de produtos, no setor dos doces.

Na entrada de cada uma de suas 20 fábricas existentes no mundo ele mandou colocar uma coluna com uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes.

Segundo o insuspeito quotidiano britânico The Guardian, a marca Rocher é uma alusão à pedra da Gruta de Massabielle, onde Nossa Senhora apareceu para Santa Bernadette.

Michele Ferrero: “o sucesso da Ferrero é mérito da Virgem de Lourdes.
Sem ela, nós pouco podemos”
Michele foi um exemplo vivo de que ninguém é ruim por ser rico, e que a riqueza é dada por Deus para fazer o bem.

Michele organizava todo ano uma peregrinação de seus empregados franceses ao Santuário de Lourdes, onde ele próprio costumava presidir a procissão das velas no final do dia.

E levava altos diretores de sua holding para participarem do ato religioso, invocando a intercessão de Santa Bernadette ante Nossa Senhora.

“As estratégias do grupo se debatiam entre terços e orações”, garante Giuseppe Rossetto, prefeito da cidade de Alba durante dez anos.

“O sucesso da Ferrero é mérito da Virgem de Lourdes.

Sem ela, nós pouco podemos”,
defendeu o multibilionário em uma de suas raríssimas declarações públicas, pois era muito reservado: não concedia entrevistas e há muito poucas fotos dele na mídia ou na Internet.

Giacomo, seu segundo filho, garantirá a continuidade do grupo familiar, que emprega 36.000 pessoas em todo o mundo.

Na Itália as greves são frequentes, mas elas não existiam em suas fábricas.O fato impressionava.

Michele Ferrero criou em 1983 uma Fundação que leva o nome de sua mulher e de seus filhos.

Ela proporciona bolsas para estudantes, serviço de saúde, aposentadoria, conferências, exposições e concertos.

Sempre sob o sinal harmonizador emanado d’Aquela a cujos pés ele deve agora eternamente encontrar-se e sobre a qual canta uma antífona: “Eu moro no mais alto dos céus e meu trono está sobre uma coluna de nuvens”: Nossa Senhora de Lourdes.



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