terça-feira, 30 de agosto de 2011

16ª aparição — quinta-feira, 25 de março


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A COROAÇÃO DAS APARIÇÕES


Durante 20 dias, Bernadette não retornou à gruta. Nesse período as curas iam se multiplicando. Ao mesmo tempo iam se arrefecendo as resistências do pároco.

Santa Bernadette voltou a sentir o chamado de Nossa Senhora nas primeiras horas da festa da Anunciação, 25 de março.

É a data que o eminente doutor marial São Luis Maria Grignion de Montfort considera a mais importante para os devotos e escravos da Santíssima Virgem.

Então ela foi à Gruta de Massabielle.

Esta foi, sem dúvida, a aparição culminante da série de Lourdes.

Como sempre, Santa Bernadette puxou o terço. Pouco depois entrou em êxtase. Ela própria nos conta o que se deu entre ela e Nossa Senhora.


“Depois dos quinze dias, eu lhe perguntei de novo seu nome, três vezes seguidas.

Ela sorria sempre.

Por fim ousei uma quarta vez, e foi então que ela, com os dois braços ao longo do corpo [como na Medalha Milagrosa], levantou os olhos ao Céu e depois me disse, juntando as mãos na altura do peito,

que ela era a Imaculada Conceição

“Então eu voltei de novo à casa do senhor pároco, para lhe contar que ela me tinha dito que era a Imaculada Conceição.

“Ele me perguntou se eu estava bem segura. Respondi que sim, e que para não esquecer essa palavra eu a tinha repetido durante todo o caminho”.

Santa Bernadette não sabia o significado de “Imaculada Conceição”, cujo dogma o Bem-Aventurado Papa Pio IX proclamara poucos anos antes, deixando prostrados os partidários da Revolução e empolgando os devotos de Nossa Senhora no mundo inteiro!

O pároco custou a conter as lágrimas.

― “Ela quer mesmo a capela”, murmurou Santa Bernadette.

A partir desse momento, o sacerdote mudou de atitude.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

15ª aparição: última da "quinzena"

Lourdes, vitral da basílica superior

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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15ª aparição — quinta-feira, 4 março


A quinzena de aparições concluiu-se no dia 4 de março. Desta vez reuniram-se entre oito e vinte mil pessoas, segundo as versões. Havia avidez de um milagre.

O delegado de polícia revistou a gruta e as proximidades, à procura de alguma espécie de fogo de artifício que servisse para simular uma aparição, mas nada encontrou.

Santa Bernadette foi amparada por um grupo de guardas que continha a multidão. O êxtase durou quase uma hora, sem que acontecesse algo excepcional.

No fim, Santa Bernadette disse: “Oh, sim, Ela vai voltar. Mas agora já não é mais necessário que eu vá à gruta. Quando ela voltar, então será necessário que eu retorne à gruta. Ela far-me-á saber”.

* * *

A “quinzena” terminou assim.

Entretanto Nossa Senhora voltou a aparecer na gruta para Santa Bernadette em mais três ocasiões.

Foi nestas vezes que a série de manifestações extraordinárias de Nossa Senhora atingiu seu ponto culminante.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

14ª aparição: pároco zomba dos pedidos

Pároco de Lourdes, Pe Dominique Peyramale
Pe. Peyramale, pároco de Lourdes
na época das aparições
Luis Dufaur
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14ª aparição — quarta-feira, 3 de março

Três mil pessoas se apinhavam em torno da gruta. Santa Bernadette rezou por muito tempo. Mas se levantou com os olhos repletos de lágrimas, e clamou: “Não me apareceu”.

No mesmo dia, após a aula, sentiu um convite interior de Nossa Senhora. Retornou à gruta, e desta vez A viu.

Bernadette cumpriu a ordem do pároco:

“Eu lhe perguntei seu nome, por parte do senhor pároco. Mas ela não fazia outra coisa senão sorrir. Voltando, fui à casa do senhor pároco para dizer-lhe que tinha cumprido a missão, mas que não tinha recebido outra resposta senão um sorriso. Então ele me disse que ela zombava de mim, e que eu faria bem de nunca mais voltar. Mas eu não podia me impedir de ir”.

Fechando a questão, o Pe. Peyramale orientou:

“Se a Senhora deseja realmente uma capela, que diga seu nome e faça florescer a roseira da Gruta”.

No inverno, isso equivalia a pedir um absurdo.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

13ª aparição: Nossa Senhora pede uma capela e a procissão. Pároco não acredita

Procissão em Lourdes

Luis Dufaur
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13ª aparição — terça-feira, 2 de março

Nessa data, Bernadette teve só uma breve visão da Dama. Havia por volta de 1650 pessoas.

“Ela me disse que eu devia dizer aos padres para construir uma capela aqui”.

Santa Bernadette contou como cumpriu essa missão:
“Fui procurar o senhor pároco, para lhe dizer que uma Dama me tinha ordenado de ir dizer aos padres para construir ali uma capela. Ele me olhou um momento, e logo me perguntou num tom incomodado quem era essa Dama. Eu lhe respondi que não sabia. Então ele me encarregou de perguntar a ela o nome, e de voltar para lhe contar”.

“A Dama disse: ‘Devem vir aqui em procissão’” — contou a vidente ao pároco, Pe. Dominique Peyramale. Para o sacerdote, isso foi demais.


domingo, 7 de agosto de 2011

12ª aparição: única assistida por um sacerdote. Primeiro milagre


Luis Dufaur
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12ª aparição — segunda-feira, 1º de março


Desta vez, o pai de Santa Bernadette acompanhou a filha à Gruta. Desde cedo, havia ali por volta de 1500 pessoas.

A pedido, a vidente tinha levado o terço de uma outra pessoa, mas na hora de rezá-lo a Dama lhe perguntou: “Onde está o teu terço?”. Bernadette tirou-o então do bolso. Sorrindo, a Virgem lhe disse: “Usai-o”.

A Santa repetia os gestos: comer ervas, beber e se lavar com a água da gruta. O povo começou a imitá-la, e se constatou que a água brotava cada vez mais límpida e abundante.

Entre os assistentes, por primeira e única vez esteve um sacerdote. Foi o Pe. Antoine Dezirat, que ignorava a interdição ao clero de comparecer ao local. Ele escreveu:
“Só Bernadette viu a aparição, mas todo o mundo tinha como que o sentimento de sua presença. [...] Respeito, silêncio, recolhimento, reinavam por todo lado. [...] Oh! como estava bom. Eu acreditava estar no vestíbulo do Paraíso!”.
Na noite daquele dia aconteceu o primeiro milagre. Catherine Latapie, grávida de nove meses, tinha paralisados dois dedos da mão direita.

O mal lhe impedia atender às necessidades do lar e dos filhos. Ela imergiu a mão na água e sentiu um grande bem-estar, com os dedos movimentando-se naturalmente!