Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
9ª aparição — quinta-feira, 25 de fevereiro
A afluência de público atingiu aproximadamente 350 pessoas. Bernadette obedecia em êxtase às ordens da nobre Senhora, subindo até a gruta e beijando a terra com uma agilidade surpreendente.
Eis o que narrou a santa:
Nossa Senhora ordenou também a Bernadette comer grama da gruta. “Ela me disse para comer da erva que se encontra no mesmo local onde eu fui beber. Foi só uma vez, ignoro por quê”.― “A Senhora me disse que eu deveria beber da fonte e lavar-me nela. Mas, como não a via, fui beber no Gave. Ela me disse que não era ali, e me fez um sinal com o dedo para ir à gruta, mostrando-me a fonte. Eu fui, mas só vi um pouco de água suja. Parecia lama, e em tão pequena quantidade, que com dificuldade pude colher um pouco no côncavo da mão. Eu me pus a arranhar a terra, até poder colhê-la, mas três vezes a joguei fora. Foi só na quarta vez que pude bebê-la, de tal maneira estava suja”.
Certa vez interrogada, ela explicou:
― “A Senhora me levou a fazê-lo, com um movimento interior”.
Nossa Senhora pediu-lhe que se lavasse com aquela água: “Ide a beber da fonte, e lavai-vos ali”. Seu rosto ficou então enlameado.
A multidão não compreendia o que se passava, e começou a achar que a vidente estava louca. A cena, uma das mais transcendentais na história de Lourdes, num primeiro momento desiludiu a todos.
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