quarta-feira, 18 de maio de 2022

Oração de Santa Bernadete pedindo a resignação na hora do abandono – 2

Santa Bernadette, sendo velada
Santa Bernadette, sendo velada
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




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Continuação do post anterior: Oração de Santa Bernadete pedindo a resignação na hora do abandono – 1

Eu Vos conjuro, ó meu Deus, por Vossos desamparos, não que não me aflijais, mas que não me abandoneis na aflição, que me ensineis a procurar-Vos nela como o único consolador, que sustentais nela a minha fé, que nela fortifiqueis minha esperança, que purifiqueis nela o meu amor; concedei-me a graça de reconhecer nela a Vossa mão, e de não desejar nela outro consolador a não ser Vós.
É tão linda e tão cristalina essa súplica – aliás, se nós, por exemplo, colássemos aos pés de uma imagem de Nosso Senhor crucificado só essa súplica, sem o mais, já teria todo o sentido – que nem creio que seja necessário comentário.

Eu Vos conjuro, ó meu Deus,...
Eu Vos conjuro quer dizer Vos peço.

Eu Vos conjuro, ó meu Deus, por Vossos desamparos,...
Não porque minha piedade, minha oração, valha qualquer coisa, eu não tenho méritos, eu sou um zero. Mas Vós morrestes por mim e eu sou um dono de um tesouro infinitamente maior do que os meus próprios méritos. Eu sou dono dos Vossos méritos, ó meu Deus, porque por mim Vós morrestes.

Eu Vos conjuro, ó meu Deus, por Vossos desamparos, não que não me aflijais,...
Ela não pede que Nosso Senhor retire dela o desamparo, porque ela sabe que por meio desse desamparo ela completa a obra de Nosso Senhor.

Há uma comparação que certos doutores sagrados fazem com o que se passa na Missa.

Eles dizem que nós de algum modo completamos os méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo para que a Redenção infinitamente preciosa, que Ele fez derramando seu sangue, produza para os homens a totalidade das abundantes riquezas para as quais Ele deliberou morrer.

Então: “Vós sabeis, eu não Vos peço que façais cessar essa aridez.

“Mas em nome de Vossas divinas aridezes, em nome das Vossas divinas desolações, ó Jesus, que na Ladainha do Coração de Jesus sois chamado Cor Jesus fons totius consolationis, Coração de Jesus fonte de toda a consolação, a Vós eu digo: não me tireis a minha desolação, mas dai-me forças para suportá-la”.

Essa é uma oração sublimíssima.

Eu Vos conjuro, ó meu Deus, por Vossos desamparos, não que não me aflijais, mas que não me abandoneis na aflição, que me mas que não me abandoneis na aflição, que me ensineis a procurar-Vos nela como o único consolador,...
Nosso Pai o Bom Jesus da Sentência, Sevilha
Nosso Pai o Bom Jesus da Sentência, Sevilha
Que me ensineis, meus Deus, a analisar e ver a minha aflição com olhos tais que eu compreenda que Vós sofrestes uma desolação infinitamente maior, e que eu devo sofrer também alguma coisa para completar a Vossa desolação.

Por esta maneira Vós quereis Vos utilizar de mim, eu Vos digo: desolai-me, assolai-me se quiserdes.

Ela não pede a desolação, ela diz que está disposta a suportar. É uma coisa diferente. Mas o pedido está feito aí.

Quando o padre durante a missa pinga uma gota de vinho e depois uma gota de água no cálice, essa água e esse vinho formam uma só massa liquida.

E então a água que nunca poderia ser matéria para a transubstanciação, faz parte da maravilha de passar a ser uma aparência dentro da qual está realmente presente com corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Esta gota de água participando e diluindo-se naquele vinho, ela forma com o vinho um só corpo. E quando o vinho for transubstanciado, aquela água misturada ao vinho vai transubstanciar-se também.

Isto somos nós com os nossos méritos. Nossos méritos não valem nada, é pouquíssima coisa.

Mas unidos a Nosso Senhor Jesus Cristo têm um valor infinito e Deus recebe com agrado extraordinário.

Quem vê o padre com aquelas galhetas não tem ideia da simbologia estupenda que isto significa.

... que me ensineis a procurar-Vos nela como o único consolador, que sustentais nela a minha fé, que nela fortifiqueis minha esperança,...
Então eu Vos peço, Senhor, no meio da desolação e do risco de perder a esperança, fortifiqueis minha esperança. Eu Vós peço.

... que purifiqueis nela o meu amor;...
Que façais com que este amor com que eu Vos peço isso seja puro de tudo quanto não seja amor a Vós.

Que não seja, portanto, para eu ficar encantado com o heroísmo da virtude que eu mesmo estou praticando. Não seja para nenhuma outra coisa, mas seja exclusivamente por Vós e por mais nada que eu faço isso.

... concedei-me a graça de reconhecer nela a Vossa mão, e de não desejar nela outro consolador a não ser Vós.
Fazei com que quando eu sentir esta desolação eu reconheça a Vossa mão nessa desolação.

... concedei-me a graça de reconhecer nela a Vossa mão, e de não desejar nela outro consolador a não ser Vós.
Na gruta de Lourdes
Na gruta de Lourdes
Não é uma consolação mundana, para ficar todo vaidoso, todo melado.

O divino consolador é outro, Vós sois o que morreu por mim na cruz, Vós sois o Filho de Deus encarnado, Vós sois o filho de Maria Santíssima.

Maria Santíssima enquanto medianeira universal de todas as graças é o canal por onde todas essas súplicas e considerações devem subir a Deus, sob pena de que Deus não as aceite.

Porque Ela se unindo à minha prece, a minha prece tomará valor e por causa disso eu serei ouvido.

Então fazei-me compreender, fazei-me querer, amar e alegrar em que seja assim.

Meu único consolador sóis Vós, ó Jesus Cristo, doce Filho de Maria.

Continua no próximo post: Oração de Santa Bernadete pedindo a resignação na hora do abandono – 3



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