A esta magnífica fotografia de Santa Teresinha do Menino Jesus falta apenas o relevo, para se dizer que ela está viva.
Para comentar essa alma, procurarei explicitar as a impressões que esta fotografia produz.
A primeira impressão, ao olhar para ela, é a seguinte:
Que menina! A primeira explicitação, o primeiro jorro, deve ser assim.
Ela é ainda menininha, cheia de vida, de frescor, saltitante, e com essa espécie de extroversão própria de uma menina ainda na infância.
Aí se vê a beleza de uma alma de criança, na delicadeza, na fragilidade, na louçania da natureza feminina. Como essa fotografia é bem apanhada, e como pegou bem essa menina!
Por detrás dessa impressão entra uma outra, pela qual a pessoa sente uma idéia de pureza. E sente-a mais ou menos em tudo.
A pureza vem presente, antes de tudo, no seguinte: nota-se nela, no sentido verdadeiro da palavra, uma boa espontaneidade.
É uma menina que não esconde nada, que não tem o hábito de esconder nada, e que sabe perfeitamente que não tem o que esconder. Ela não tem fraude nem dissimulação.
Dela se pode dizer o que Nosso Senhor disse de Natanael: “Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fraude” (Jo. 1, 47)
Aqui está uma verdadeira menina, pura, filha de uma família católica, que tem em si toda a pureza, toda a candura de uma vida de família católica, toda aquela delicadeza virginal que a vida de família católica comunica especialmente a uma menina. E isso sem fraude nenhuma. Ela tem isso inteira, e não tem o hábito de pecar.
Olha-se para ela, e ela está inteira. Ela vai falar, vai andar, mas com uma naturalidade, com um elã, com uma espontaneidade que tem muito da leveza e graça francesa, mas sobretudo muito da inocência batismal nunca rompida.
Essa alma não foi desfigurada por nenhum pecado. Ela tem uma forma de pureza que não é só o recato.
Não situo isso no seguinte comentário aguado: “É verdade: os bracinhos dela estão cobertos, e a saia desce até abaixo dos joelhos”. Refiro-me a uma pureza do olhar.
Essa pureza do olhar, essa pureza da alma, não é apenas a pureza da castidade, é a pureza de quem nunca pecou.
É o estado de inocência batismal com todo o seu perfume, com uma forma de candura que é mais ou menos como a vida no corpo. A vida no corpo não é localizável: está aqui e está lá, está em tudo, no corpo vivo. Aqui também a inocência batismal está em tudo, está por toda parte.
Aqui também se poderia aplicar uma palavra francesa que não sei como traduzir: o estado de graça jamais flétri em uma alma.
É uma menina tão viva, mas não é nem um pouco estouvada, irrefletida.
Se ela começasse a brincar com a corda de pular, não pularia de modo ridículo, apalhaçado, irrefletido. Ela de repente sairia correndo, mas não, por exemplo, de um modo bobo.
Todo mundo percebe que essa espontaneidade que há nela é presidida por uma certa regra, por onde ela nunca faz aquilo que não deve. E que, portanto, dentro do seu espírito há toda uma ordenação, todo um pensamento, toda uma reflexão.
Naturalmente, reflexão de criança, pensamento de criança, ordenação de criança; instintiva e subconsciente, mas real, por onde tudo o que fizesse seria de criança e de verdadeira criança, nem um pouco uma sabiazinha, uma mulherzinha metida e filosofinha. É o contrário disso.
Ela é inteiramente natural, mas sumamente ordenada, possui em si uma grande ordem interna.
Não se imagina essa menina fazendo qualquer desatino, compreende-se que ela não o faria. Através disso compreende-se a ordem que existe dentro dela.
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Santa Terezinha do menino Jesus, querida Amiga, amparai-nos em suas orações, pedindo ao Pai do Céu que nos torne santos para santificação do seu Reino!
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