quarta-feira, 10 de maio de 2017

O que sente um miraculado na hora do milagre? - 3

Jean-Pierre Bély: seu médico era ateu e acabou se convertendo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






continuação do post anterior: O que sente um miraculado na hora do milagre? - 2



 Jean-Pierre Bély prossegue seu relato

“À tarde, conduziram-me de maca à cerimônia de encerramento da peregrinação. Lá, fui dominado por uma vontade irrefreável de me levantar e de caminhar. Mas, vendo em torno de mim todos os outros doentes de maca, tive medo de chocá-los. Desde aquele momento, decidi agir discretamente”.

“Naquela noite fui acordado delicadamente. Senti que alguém me tocava. Julguei que era a enfermeira da noite, que queria colocar-me o cobertor. Então acordei e não vi ninguém. Ouvi o sino da Basílica tocar três vezes. Mais tarde, interroguei a enfermeira sobre o fato, mas ela disse não se lembrar de me ter coberto durante a noite...

“Comecei então a relembrar todos os acontecimentos da peregrinação, quando me veio uma idéia inesperada, e que se apresentou a meu espírito como uma ordem, um convite: 'Levanta-te e caminha!' Eu julgava estar imaginando coisas; além disso, levantar-me em plena noite, quando eu não tinha nenhuma necessidade! Eu estava bem aconchegado e não sentia nenhum incômodo... Virava-me na cama, tentando afastar essa idéia de meu espírito. Fechei os olhos, tentando voltar a dormir. Mas era impossível. O apelo voltava, mais insistente, mais premente que a primeira vez. Tudo isso me deixava mal à vontade... Virava-me e revirava-me no leito... O apelo tornou-se firme. O que eu ouvia não eram palavras, mas era como se alguém me falasse sem dizer palavras. É difícil explicar. 'Vamos, levanta-te, é a hora, caminha!'” ( )

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O que sente um miraculado na hora do milagre? - 2

Jean-Pierre Bély descreveu com pormenor o milagr
Jean-Pierre Bély descreveu com pormenor o milagre
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






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Sem dúvida, em cada caso as impressões variam muito em função das doenças e das situações.

Contudo, a descrição de um dois últimos milagres de Lourdes oficialmente reconhecido pela Igreja chega até nós com detalhes que arrepiam, comovem e inspiram uma reflexão.

Em 1987, Jean-Pierre Bély era um paraplégico em fase terminal. Hoje esbanja saúde. Ele descreveu sua miraculosa cura nos mínimos detalhes, com uma singeleza tocante.

Bély mora em La Couronne, perto de Angoulême, no interior da França. Na entrada da sua casa, uma gruta de Lourdes em miniatura recebe o visitante.

A mobília é discreta e tradicional, típica da pequena burguesia provinciana. Há uma imagem de Nossa Senhora e duas fotos: uma de Santa Bernadette e outra de Santa Teresinha. Tudo está arranjado despretensiosamente.