Jean-Pierre Bély: seu médico era ateu e acabou se convertendo |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
continuação do post anterior: O que sente um miraculado na hora do milagre? - 2
“À tarde, conduziram-me de maca à cerimônia de encerramento da peregrinação. Lá, fui dominado por uma vontade irrefreável de me levantar e de caminhar. Mas, vendo em torno de mim todos os outros doentes de maca, tive medo de chocá-los. Desde aquele momento, decidi agir discretamente”.
“Naquela noite fui acordado delicadamente. Senti que alguém me tocava. Julguei que era a enfermeira da noite, que queria colocar-me o cobertor. Então acordei e não vi ninguém. Ouvi o sino da Basílica tocar três vezes. Mais tarde, interroguei a enfermeira sobre o fato, mas ela disse não se lembrar de me ter coberto durante a noite...
“Comecei então a relembrar todos os acontecimentos da peregrinação, quando me veio uma idéia inesperada, e que se apresentou a meu espírito como uma ordem, um convite: 'Levanta-te e caminha!' Eu julgava estar imaginando coisas; além disso, levantar-me em plena noite, quando eu não tinha nenhuma necessidade! Eu estava bem aconchegado e não sentia nenhum incômodo... Virava-me na cama, tentando afastar essa idéia de meu espírito. Fechei os olhos, tentando voltar a dormir. Mas era impossível. O apelo voltava, mais insistente, mais premente que a primeira vez. Tudo isso me deixava mal à vontade... Virava-me e revirava-me no leito... O apelo tornou-se firme. O que eu ouvia não eram palavras, mas era como se alguém me falasse sem dizer palavras. É difícil explicar. 'Vamos, levanta-te, é a hora, caminha!'” ( )
“Vendo que eu me movia no leito, a enfermeira da noite perguntou-me o que eu tinha. Disse-lhe que desejava levantar-me para ir à toalete. E caminhei pela primeira vez. Ela simplesmente segurava-me pelo braço. Dei os meus primeiros passos na noite, como um bebê que aprende a caminhar”.
Bély narra em seguida: “Eu não quis ir ao Bureau Médico de Lourdes. Minimizei voluntariamente as coisas. Na estação de trem de Angoulême, aguardei minha esposa numa cadeira de rodas. No carro que me conduzia à casa, expliquei-lhe que meu estado de saúde tinha melhorado. Quando me viu subir os degraus da escada, ela entendeu”.
O Dr. Patrick Fontanaud, que cuidava de Bély, passou mal quando o viu sentado na sala de espera. Fontanaud é agnóstico, mas confessa que a cura é inexplicável. Na paróquia, as pessoas choraram quando o viram voltar com suas próprias forças. Raymond, o carteiro, declarou à imprensa local: “Agora eu serei obrigado a acreditar no Bom Deus!”
O bispo de Angoulême insistiu para que Bély voltasse ao Bureau Médico de Lourdes um ano após a cura. O inquérito durou 11 anos e consistiu numa longa série de exames médicos e psiquiátricos. “Queriam ver se meu juízo era normal, se eu não era um iluminado ou um místico”.
Cada ano, ele comparecia diante de um auditório composto de 60 a 80 membros do Comitê Médico Internacional e respondia a um pinga-fogo de perguntas. “Alguns tentavam colocar cascas de banana” — conta Bély. “Certa vez, um deles me disse: 'Então o Sr., desse jeito, viu a Santíssima Virgem'. Respondi-lhe: 'É o Sr. que o diz, não eu'”.
Em 14-11-1998, o Comitê Médico Internacional de Lourdes concluiu tratar-se de “cura inesperada” e “fato inabitual e inexplicável em função dos dados da ciência”. ( ) Em 9-2-1999, o bispo de Angoulême, D. Claude Dagens, reconheceu publicamente em nome da Igreja o caráter autêntico do milagre.( )
Singular paradoxo: o Estado francês, herdeiro da Revolução de 1789, é ostensivamente agnóstico e laicista. Essa posição face à Religião explica que mantenha a pensão e benefícios em favor de Bély, pois prefere pagar qualquer preço a ter de reconhecer a ocorrência de uma cura inexplicável...
A cura do corpo, insiste Bély, foi precedida de uma cura da alma. Uma como que conversão. Seu caso permite supor, guardadas as devidas proporções, como poderá transcorrer a imensa ação a ser efetuada por Nossa Senhora, que resultará no triunfo do seu Imaculado Coração sobre a humanidade.
A humanidade é a grande enferma da Terra.
Corpo incorrupto de Santa Bernadette |
Em meio a crises e padecimentos inenarráveis, a graça tirará do abismo moral as almas que se voltarem para a penitência, a oração e os sacramentos.
Elas poderão até resistir à graça, mas ouvirão de alguma maneira, o “levanta-te e caminha”, que Jean-Pierre Bély escutou tão imperativamente.
Então a humanidade regenerada voltará à senda bendita da Santa Igreja e da Civilização Cristã, no Reino do Imaculado Coração de Maria, profetizado por Nossa Senhora em Fátima.
É uma analogia que o extraordinário caso de Jean-Pierre Bély sugere.
Acompanhe online o que está acontecendo agora na própria gruta de Lourdes pela Webcam do santuário.
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Demais né!Beijos em seu coração.Deus abençoe.
ResponderExcluirLouvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Viva nossa Senhora de Lourdes!
ResponderExcluirQue a nossa Senhora de Lourdes nos abençoe Ámen
ResponderExcluirA aparição de Maria no mundo é tão frequente quanto explicável.....Ela vem dar testemunho de seu Filho aos incrédulos....E seus milagres são tantos ...aos individuos que Nela creem....basta observar....Maria sempre vem e se oferece a nós como Amiga ...como Companheira de forma sutil ...e,às vezes nem tão sutil..às vezes é tão pouco sutil que pensamos estarmos perturbados até compreendermos que foi Ela mesmo que não foi ilusão....Maria é assim imprevisível e nos ama com uma ternura inimaginável....isso não implica no fato de que somos coroados de felicidades neste mundo por vivenciar Maria...muito pelo contrário: ficamos mais sujeitos à provações uma vez que os legtimos cristãos sempre sofrem muito neste mundo de crueldades......
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