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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Quem volta de uma peregrinação a Lourdes traz gravada no coração algo como uma reprodução da gruta de Massabielle.
Para ela voltar-se-á com saudade e confiança nas horas mais difíceis, com a certeza de ser atendido.
E basta recordar-se dessa lembrança para fazer renascer em si o desejo ao mesmo tempo inefável e irrefreável de algum dia retornar à gruta de Nossa Senhora.
O que visa Nossa Senhora, assim agindo no mais fundo das almas?
O início do Jubileu de Lourdes trouxe-nos uma luminosa resposta a esta interrogação.
Abrindo o ano jubilar de Lourdes, o Cardeal Ivan Dias, então Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Legado Papal, pronunciou uma alocução merecedora de apurada meditação.
Começou qualificando as aparições a Santa Bernadette Soubirous de “autênticas irrupções marianas na história do mundo”.
Não se trata, portanto, de aparições fechadas em si mesmas.
Pelo contrário, elas se encaixam “na luta permanente e feroz entre as forças do bem e as forças do mal, desde o início da história humana, e que continuará até o final”.
Nessa imensa luta histórica, as aparições de Lourdes “marcam a entrada decisiva da Virgem no cerne das hostilidades entre Ela e o diabo, como está descrito no Gênesis e no Apocalipse”.