quarta-feira, 30 de outubro de 2019

O milagre de Soror Luigina Traverso

Soror Luigina hoje, beneficiada pelo mais recente milagre de Lourdes reconhecido
O caso de Soror Luigina: mais um milagre de Lourde
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A irmã Luigina Traverso, religiosa salesiana, nasceu em 1934.

Em julho de 1965 ela se encontrava “gravemente doente” e só ficava de maca, não andava e fora operada diversas vezes sem sucesso.

“Pouco antes de viajar para Lourdes, contou ela, eu fui fazer um check-up que deu: ‘Paciente em condições gerais graves, pálida, hipotensa, com cicatriz cirúrgica fresca e seca... rigidez e contração do trato lumbosacral da coluna. Mobilidade reduzida dos pés em virtude de paralise dos músculos tibiais anteriores... Hipoeficiencia do sural e do tibial posterior’”.
A Irmã Luigina peregrinou a Lourdes e tomou banho nas piscinas do santuário, como Nossa Senhora pediu a santa Bernadette.

Em 23 de julho, na Bênção dos Doentes, enquanto o sacerdote passava com a hóstia consagrada na procissão eucarística, ela sentiu um “forte calor em seu corpo e o desejo de se levantar”.

A freira passou a se sentir melhor, voltou a movimentar o pé, e a dor desaparecia.

Ele foi levada de volta ao seu quarto e, na presença do chefe da peregrinação, Dr. Danillo Cebrelli, e do bispo Dom Lorenzo Ferrarazzo, recebeu uma ordem explícita: “Irmã Luigina, se a senhora quiser receber a bênção, deve se levantar e ajoelhar-se para rezar”.

A irmã deixou imediatamente a cama e se ajoelhou.

“Ela sentiu – explicou o Dr. de Franciscis – uma intensa sensação de calor e de bem-estar, se sentiu curada. Ela não ousou falar isso às assistentes que a acompanhavam.

“Voltando a seu quarto, ela chamou ao capelão de sua peregrinação e lhe pediu uma bênção pois ela achava que podia mover o pé.

Sor Luigina auxiliando doentes em Lourdes
Sor Luigina auxiliando doentes em Lourdes
“O sacerdote que a conhecia bem, intuiu a coisa e enquanto sorria lhe ordenou sair da cama. Que só então ele daria a bênção.

“Soror Luigina então saiu do leito para se por de joelhos diante do padre”.

Em 27 de julho de 1965 – portanto quatro dias após a cura miraculosa – o professor Claudio Rinaldi registrou “boas condições gerais [...] articulações inferiores totalmente móveis com igual força e simetria [...] sensibilidade normal”.

Desde aquela data, a Irmã Luigina nunca voltou a ter qualquer tipo de manifestação da doença.

Em julho de 2010, muitos anos após a abertura do processo médico de análise, durante a peregrinação da associação Oftal, da Itália, o caso da Irmã Luigina Traverso foi julgado pelo “Bureau Medical”.

Este votou por unanimidade pelo reconhecimento da “cura completa e permanente”.

Quase meio século depois, a Irmã Luigina puxa carrinhos de doentes em Lourdes.

Alberto Busto, presidente diocesano da associação Oftal, que organiza muitas romarias a Lourdes, agradeceu também “o olhar amoroso de Maria pela cura extraordinária de Ganora Evasio, acontecida em 2 de junho de 1950 e solenemente reconhecida pela Igreja como milagre em 1955”.

A religiosa ainda passou por três exigentes juntas no Bureau de constatações médicas de Lourdes (anos 1966, 1984 e 2010) e por novos exames médicos para verificar e provar a cura da religiosa.

Em 19 de novembro de 2011, em Paris, o Comité Médico Internacional de Lourdes (CMIL) confirmou o “caráter inexplicável da cura posto o estado atual dos conhecimentos da ciência”.

O bispo de Lourdes transmitiu então ao bispo de Casale Monferrato o julgamento final dos médicos do CMIL

Dom Alceste Catella, bispo de Casale-Monferrato, Itália, reconheceu oficialmente o milagre operado na pessoa da Irmã Luigina Traverso, informou o diário “La Croix”.

Desta forma passou a ser o 68º milagre reconhecido oficialmente pela Igreja.

“Eu julgo e declaro que a cura de Soror Luigina Traverso, acontecida em Lourdes no dia 23 de julho de 1965, é milagrosa e deve ser atribuída à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Imaculada Mãe de Deus e nossa Mãe, e que esta ocorrência vem a ajudar a fé do povo cristão”, diz o prelado em seu documento.

Nos mesmos dias, em 12 de outubro de 2012, o bispo diocesano de Lourdes D. Nicolas Brouwet, acompanhado pelo Reitor dos Santuários, Pe. Horacio Brito e pelo médico Dr. Alessandro de Franciscis, responsável permanente do Bureau de constatações médicas dos Santuários de Lourdes, deram uma conferência de imprensa.

A religiosa com seu bispo
O bispo de Lourdes explicou que a proclamação do milagre é atribuição exclusiva do bispo em cuja diocese reside o miraculado.

Ele não somente deve ponderar as opiniões dos médicos, mas os frutos espirituais da cura inexplicável pela ciência.

Só depois que emite seu julgamento com a autoridade que o Direito Canônico lhe confere. E, neste caso a conclusão foi positiva.

O Dr. Alessandro de Franciscis explicou o caso médico da Irmã Luigina Traverso: ciática lombar esquerda paralisante, hérnia de disco, pé paralisado, diversas intervenções cirúrgicas na coluna vertebral sem resultado.

Soror Luigina foi a 68º miraculada de Lourdes.

Com esse reconhecimento até agora houve sete milagres a italianos em Lourdes reconhecidos pelos respectivos bispos diocesanos.



Vídeo: O milagre contado pela religiosa





Acompanhe online o que está acontecendo agora na própria gruta de Lourdes pela Webcam do santuário. 

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