O Santo Sudário e os milagres de Lourdes

Santo Sudário de Turim: detalhe do rosto de Nosso Senhor morto.

Luis Dufaur

Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

O crescente ateísmo e imoralidade contra os quais Nossa Senhora veio em Fátima alertar os homens negam que Nosso Senhor Jesus Cristo tivesse existido, como a Igreja Católica sempre nos ensinou.

Também negam que os fatos narrados no Novo Testamento tenham sido, exatamente, como estão narrados no Evangelho.

Por exemplo, muitos sustentam que Cristo foi uma espécie de mito, uma fantasia muito bonita, um caso literariamente elaborado pelas comunidades de base dos primeiros séculos. Segundo esses, não está nada demonstrado.

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Ora, meio inesperadamente um fotógrafo tirou uma foto do Santo Sudário de Turim. E no negativo apareceu o rosto de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E com uma cara que ninguém tem dúvida nenhuma de que é o Cristo da Igreja, o Cristo do Evangelho, fotografado.

Como é que se pode achar que não existiu?

Barrie Schwortz é uma das maiores autoridades mundiais sobre o Santo Sudário. Técnico em fotografia, ele fez o primeiro exame em profundidade dessa preciosa relíquia em 1978, junto com a equipe do famoso Shroud of Turin Research Project (STRUP).



Barrie Schwortz é um hebreu não praticante que estava plenamente convencido de que o Santo Sudário era alguma fraude da Idade Média.

Mas após muitos anos de pesquisa e reflexão, passou a acreditar em sua autenticidade.

Catholic World Report (CWR): O que é que fala o Sudário sobre os sofrimentos físicos de Cristo?

Barrie Schwortz: Ele é, literalmente, um documento da Paixão e da tortura que Jesus sofreu. Seu rosto foi duramente golpeado, está inchado sobretudo em volta dos olhos. Eu sou fã de boxe profissional. A imagem do Sudário me lembra de um boxeador que perdeu a luta.

O homem foi severamente açoitado. Isso se observa não só nas feridas nas costas, mas podem-se ver as tiras de couro que o atingiram, envolvendo o corpo, e que bateram pela frente também.

De um ponto de vista forense, a imagem do Sudário fala mais do que as representações comuns que vemos na arte.

Ele tem um ferimento de lança no lado. Suas pernas não estão quebradas, como era geralmente o caso quando os homens eram crucificados. Sua cabeça e o couro cabeludo estão cobertos de feridas.

Mais uma vez, na arte muitas vezes vemos a coroa de espinhos como se fosse um pequeno círculo que se assemelha a folhas de louro em torno da cabeça de Cristo. Mas isso não é realista. Os soldados na verdade puseram um espinheiro sobre sua cabeça e o esmagaram sobre ela.

Vemos a parte externa de uma mão, indicando que os pregos não foram cravados pelo centro da palma da mão, mas uma polegada mais perto do pulso.

CWR: Quais são algumas das falsidades mais comuns que se falam do Sudário?

Barrie Schwortz: Tomaria horas compor essa lista. Parece existir uma cacofonia constante de insensatez funcionando contra o Sudário.

Aprofundaram os testes, inventaram hipóteses, mas a ciência só responde que ela nada consegue demonstrar, que ela não sabe como foi feito. E ainda descobre novos dados que confirmam que o Homem do Sudário é Nosso Senhor!

O Santo Sudário não deixa dúvida nenhuma para o homem de boa fé e até para o cientista sério.

Assim, o ateísmo científico de séculos ficou desmascarado no preciso momento que se inebriava com as descobertas tecno-científicas.

Antes de Lourdes, tinha aparecido a eletricidade, o vapor, os dirigíveis, os trens, o telégrafo. Depois vieram os carros, os aviões, o telefone. E no século XX apareceram, a TV, o rádio, os equipamentos digitais, as viagens ao espaço, e ainda muitas outras invenções.

A industrialização abriu grandes fábricas, forjou grandes concentrações urbanas; os navios de grande tonelagem transportam grandes quantidades de mercadoria numa Terra que foi ficando pequena, “mundializada”.

E a Babel do mundo contemporâneo não parou de crescer.

Mas, enquanto o ateísmo gerava Babel, ele levou uma navalhada medonha com os milagres de Lourdes, estrondosos, inexplicáveis aos olhos da ciência...

Conta-se de um menino cego que foi levado para tomar banho em Lourdes. Os médicos diziam que a cura dele era inteiramente impossível.

Mas a mãe, movida pelo Espírito Santo, quis que o menino se banhasse na água de Lourdes. Ele se banhou e saiu vendo! Escândalo do outro mundo!

Um médico inglês que estava lá declarou que ele não acreditava e pediu à mãe licença para levar o menino à cidade de Tarbes, que está perto e era um pouco maior que Lourdes naquele tempo, para fazê-lo examinar por um oculista.

A mãe concordou. Tomaram um dos barulhentos e esporádicos transportes do tempo e foram de Lourdes para Tarbes com o médico prestando uma atenção única no menino.

A mãe e o menino não prestavam muita atenção no médico...

E o menino ia pelo caminho, perguntando para a mãe o que era aquilo, o que era aquilo outro, e mais aquilo e aquilo.

Ele estava vendo!!!

O médico consultou o colega oculista. O oculista examinou e chegou à conclusão seguinte: esse menino não pode ver!

O menino matriculou-se numa escola para aprender a ler e a escrever... e continuou um homem normal.

Foi, entre muitas outras, uma bofetada monumental que o ateísmo científico tomou.

É curioso que as polêmicas a respeito de Nosso Senhor Jesus Cristo, a respeito da realidade de seus milagres, etc. que tinham estado numa moda única no século XIX, no século XX diminuíram.

Muitos homens que eram ateus tendo ficado sem o que dizer, resmungavam qualquer coisa e tentavam mudar de assunto.

As senhoras que eram católicas discutiam com os homens.

Era raro um homem que entrasse do lado da Religião e que discutisse eficazmente do lado dela.

Agora, isso está mudando, e se verifica uma retomada de interesse excecional pelas descobertas surpreendentes que a ciência está fazendo no Santo Sudário.

E até nos milagres de Lourdes.

E isso numa época qualificada de “pós-conciliar” onde ficou na moda padre de bermuda e freira descaracterizada – e até altos eclesiásticos – pôr em dúvida os mais maravilhosos tesouros sobrenaturais da Igreja Católica.

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