quarta-feira, 19 de abril de 2023

Santa Bernadette e a coragem de dizer as verdades

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









Santa Bernadette Soubirous era uma camponesa de uma zona dos Pirineus meio espanholada. Essa zona constitui, debaixo de certo ponto de vista, uma síntese entre a Espanha e a França.

Ela tinha pouco cara de espanhola; muito mais cara de francesa até do que de espanhola.

Suas fotografias mostram um rosto ligeiramente dado para o quadrado, traços regulares e bem feitos, um olhar preto, grande, e com uma certa fixidez hispânica que o olhar francês não tem, que crava as verrumas e que olha mesmo, é radiográfico; e também um certo nariz espanhol, que é um traço de coerência de toda a fisionomia. Isto o que ela tinha muito acentuadamente.

O feitio de espírito dela era taxativo. Era de dizer as coisas no duro.

Era ela uma pessoa educada com muita simplicidade, tinha muita elevação de alma, mas não teve essa educação que ensina a não dizer tudo quanto a gente pensa. E isso foi bom para ela

O que ela pensava, ela dizia mesmo.

O todo dela era de um dégagé completo: como quem no fundo não pretende ser nada.

Era humildade diante de todo mundo, mas no serviço de Nossa Senhora não se dobrava ao juízo de ninguém.

Por exemplo: ela ia para a gruta para as aparições. Ela podia se envaidecer porque ela não era ninguém. Mas imagine uma multidão enorme ali reunida para vê-la falar com Nossa Senhora.

É uma coisa engraçada: quanto menor é a cidade da gente, mais a gente dá importância a ela.

É mais fácil para um paulistano falar mal de São Paulo do que um birigüense falar mal de Birigüi.

Aquilo tem mais vida, mais encaixe para cada um do que a imensa Babel, onde se é um grão de areia solto.

Na Birigüi, cada birigüense é uma célula de um tecido. Em São Paulo nós somos um grão de areia numa duna enorme de areia em que cada grão pesa em cima dos outros, e que cada tufão leva para muito longe.

Então, compreende-se que para Santa Bernadette o fato da Lourdes inteira estar ali era uma coisa colossal.

Mas ela não se envaidecia, não dava importância nenhuma, continuava a ter toda a naturalidade diante de todo mundo.



(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de conferência de 15.4.1966. Sem revisão do autor)



Acompanhe online o que está acontecendo agora na própria gruta de Lourdes pela Webcam do santuário. 

3 comentários:

  1. Santina Guilherme da Rocha4 de fevereiro de 2014 às 11:09

    A PAZ DE JESUS E MARIA, MEUS IRMÃOS ORE POR MIM PARA QUE SAIA MINHA CASA PROPRIA LOGO, POIS ESTO COM MUINTA DIFICULDADE E PRECISO DESTA GRAÇA, SEI QUE MARIA ESTA COMIGO MAS ESTO ME SENTINDO FRACA POR ESTA DEMORA EM MINHA VIDA.DESDE JA A GRADEÇO, A BRAÇO MARINGÁ PARANÁ .

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  2. CONFIE . ENTREGUE. ACEITE . AGRADEÇA !

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  3. Maria das Graças Dourado Pimenta5 de fevereiro de 2014 às 00:15

    Doutor Plínio descreve tudo com muita clareza. Esse detalhamento da personalidade de Santa Bernadete é magnífico!

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