Por que não recorrer à água de Lourdes contra o coronavírus? Não é uma grande solução?

Papa São Gregório Magno invocou o Céu com procissão reparadora

Luis Dufaur

Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

O que fazer face ao coronavírus? Fala-se de muitas coisas que a final falham. E de outras que não. Qual é a melhor?

É claro que se trata de não cair no pânico, e agir com bom senso. Mas a mídia e o fala-fala inclusive digital acabam multiplicando os temores.

Mas, para quem tem fé ou quer saber o que é ter fé, há na História lições que não falham. Eis primeiro uma muito antiga.

No ano 590 (há mais de 1.600 anos, mas o exemplo veio desde então se repetindo pelos séculos e nas circunstancias mais diversas no mundo todo), o rio Tibre transbordou, alagou Roma e a reduziu à fome.

E como é frequente nesses casos, irrompeu uma terrível peste, numa época que não havia os recursos médicos que há hoje.

A pestilência era tão forte que as pessoas caiam mortas até na procissão

O Papa São Gregório Magno discerniu em tanta desgraça que era preciso aplacar a cólera divina excitada por tanto pecado do povo – nobres, populares e eclesiásticos.

Ordenou então uma procissão geral formada por sete cortejos que confluíram para a Basílica de São Pedro, onde repousam os restos mortais do Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa.

As grandes colunas avançavam pela cidade formando as sete procissões. Mas, a pestilência estava num tal furor que, no breve espaço de uma hora, oitenta pessoas caíram mortas ao chão.

O grande São Gregório era um eclesiástico de Fé e olhava para Deus. Não cessou um instante de exortar o povo para que continuasse a rezar.

O Papa mandou que a imagem de Nossa Senhora de Aracoeli
precedesse a procissão

Ordenou também que precedendo o cortejo fosse levado o quadro da Virgem que chora, da igreja de Ara Coeli, pintado pelo evangelista São Lucas.

E eis que aconteceu o fato maravilhoso: à medida que a imagem avançava, a área se tornava mais sã e limpa à sua passagem, e os miasmas da peste se dissolviam.

Junto da ponte que une a cidade mausoléu do imperador Adriano, transformado em fortaleza militar, inesperadamente ouviu-se um coro que cantava, por cima da sagrada imagem:

“Regina Coeli, laetare, Alleluia!” (“Rainha do céu, alegrai-vos! Aleluia!”), ao qual S. Gregório respondeu: “Ora pro nobis Deum, Alleluia!” (“Rogai por nós a Deus, Aleluia!”).

Após o canto, os anjos se colocaram em círculo em torno do quadro.

São Gregório Magno, erguendo os olhos, viu sobre o alto do castelo um anjo exterminador que, após enxugar a espada, da qual escorria sangue, colocou-a na bainha, como sinal de que o castigo tinha cessado.

Como recordação, o castelo ficou nomeado de Sant’Angelo (Santo Anjo) até hoje. Em sua mais alta torre foi posta a célebre imagem de São Miguel, o anjo exterminador.

E o hino ficou como conhecido como Regina Coeli ou Regina Cæli (em português “Rainha do Céu”) é dedicado a Nossa Senhora e se reza às 6h00, 12h00 e às 18h00, durante o Tempo Pascal.

Quantas e quantas vezes epidemias e desgraças naturais (terremotos, vulcões, desabamentos, etc.) comparáveis foram sustadas pelo poder sobre os elementos que Jesus Cristo deu à sua Igreja em participação de seus poderes divinos?

São Miguel Arcanjo apareceu embainhando a espada.
Imagem no topo do Castel Sant'Angelo, Roma

Procuremos a História de cada um de nossos países e encontraremos!

Mas, então, por que nosso Papa, nossos bispos e nosso clero não fazem o mesmo? No Ritual Romano, inclusive na versão mais moderna, estão todas as instruções e bençãos!

E para não ir muito longe: ali está a água de Lourdes!

Ela curou milhões. Até casos complicadíssimos que foram analisados por juntas médicas e declarados oficialmente milagres, como neste blog pode se ler até o cansaço!

Por que não? insistimos.

Mas, não podemos se não participar do pasmo e do horror ao sabermos de fonte oficial que o bispo de Lourdes, em uníssono com os bispos da França, mandou fechar as piscinas de Lourdes para – perdão pela falsidade – evitar o contágio de coronavírus!

Nossa Senhora teria mandado os seus devotos se lavar com água que transmite doença?

Com todo respeito, é blasfemo supor isso.

Seja-me permitido contar uma experiência pessoal.

Um banho numa piscina de Lourdes
como Nossa Senhora disse a Santa Bernadette

Certa feita em Lourdes, enquanto me preparava para o banho numa das piscinas piedosamente montadas, na minha frente passou um jovem soldado croata com a perna espantosamente inchada.

A bem dizer era só inflamação, coágulos e pus. Fiquei horrorizado e até rezei para ele não entrar logo antes de mim.

Nossa Senhora quis o contrário e minha vez foi logo depois do pobre soldado. E tomei banho logo imediatamente na água em que ele próprio se tinha banhado.

E nada aconteceu. O que naturalmente se diria que era ocasião certa de feroz contágio não se verificou.

Agora com as notícias do coronavírus refleti no caso e rememorei que nos mais de dez anos que dedico a este blog jamais ouvi dizer que alguém se contagiou do mais leve resfriado que fosse com qualquer uso (e os há muitos!) da água miraculosa de Lourdes.

Então, proibir o banho mandado por Nossa Senhora alegando evitar o coronavírus?

Fazer e dizer isso não é uma ofensa a Nossa Senhora?

Isso não pode atrair a cólera de Seu Filho, e desgraças muito piores do que o surto virótico atual?

Isso não induz à perda da Fé?

Lourdes nas épocas de grandes doenças é a grande garantia contra os males!!!!!

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