A luz de Lourdes é a luz da Verdade inteira |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O Menino Jesus é por excelência a Luz brilhando nas trevas de uma gruta onde só havia uma manjedoura, porque nas casas aconchegadas nem pagando havia lugar para a Santa Família.
E quantas maravilhas aconteceram nessa gruta! E seguem acontecendo se derramando como cachoeiras de graças até para os corações mais endurecidos!
Em Lourdes, Nossa Senhora também escolheu uma gruta para aparecer e fazer seus milagres e desde ali difundir sua graça curativa à humanidade doente e pecadora.
Quem fez essa gruta? Ninguém. No local há uma grande pedra que faz parte de um morro. Os entendidos dizem que o impetuoso rio Gave que passa em frente, acabou escavando-a em múltiplas inundações.
Não tem forma especial, é obra do capricho dos fatores naturais agindo sem ordem preestabelecida. A imagem de Nossa Senhora está numa entrada elevada da pedra que é mais profunda.
Quem se aventurou por lá dentro, coisa aliás desaconselhável e perigosa, só achou algumas estalactites e estalagmites de sal.
Fora disso, a gruta era usada como lixão da cidade ou para guardar porcos que catavam comida pela floresta vizinha.
No dia da primeira aparição o pai de Bernadette foi queimar o lixo do hospital para ganhar uns miseráveis tostões e voltou envergonhado.
Ali aparecer Nossa Senhora a uma moça que procurava gravetos para aquecer um pouquinho sua miserável moradia, aliás uma cela desafetada da velha delegacia?
Foi como em Natal. Nossa Senhora escolheu o local mais menosprezado.
"La Salve en la Gruta de Lourdes", José Garnelo y Alda (1866 – 1944), Museu del Prado |
Ela contou em casa a verdade inteira, ainda que os próprios familiares, a começar pela Mãe, não a aplaudiram, e até acharam que estava falando qualquer coisa.
Nem sabia o nome da Senhora, e na pequenina Lourdes todo mundo se conhecia.
Nas visões seguintes foi levada à delegacia, interrogada, ameaçada. Um dia foi proibida. O pároco não acreditava e exigia que ela perguntasse o nome da Senhora. O pároco aliás nunca foi.
Ela mantinha um semblante de indulgência e de bondade diante dos que não acreditavam nela, mas dizia sempre a verdade inteira.
Nosso Senhor fez o mesmo diante dos enviados da Sinagoga que iam a tentar pega-lo em alguma.
Pediremos a Santa Bernadette que nos dê o discernimento dos espíritos necessário para agir da mesma maneira no momento oportuno. Mas falaremos a verdade inteira, sem medo, nossa catolicidade, nossa devoção a Lourdes.
Santos houve que deram sublimes provas de severidade. Outros deram provas de uma caridade e de uma mansidão heroica.
Não houve um só Santo que jamais desse prova de severidade, ou jamais desse prova de suavidade. Cada qual agiu segundo nele soprava o Espírito, e por isto uns e outros foram canonizados pela Igreja.
Santa Bernadette: cadáver incorrupto. Ela só falou a verdade inteira. |
Com uma ressalva porém, e esta muito importante.
É que nos princípios jamais cedia. Ela chamava o mal de mal e o bem de bem. Nunca ninguém apontou a menor transigência para com o mal, nem para com a menor e mais velada de suas manifestações.
Pois ela trabalhou sua vida toda para propagar a luz que viu na Gruta de Lourdes. Deformar o que viu seria velar a verdade e no fundo, é querer extingui-la. E isso jamais.
Por sua vez, Nossa Senhora pôs o mundo em polvorosa dizendo a mais pura verdade: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
É uma das lições que nos deixaram após os sublimes encontros na pobre gruta de Massabielle, há mais de cento e sessenta anos.
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Rogai por nós. Amém🙏🙏🙏
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